ATA DA CENTÉSIMA SÉTIMA SESSÃO ORDINÁRIA DA SEGUNDA
SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM 14-12-2006.
Aos quatorze dias do mês de dezembro do ano de dois mil e seis, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Cassiá Carpes, Claudio Sebenelo, Dr. Goulart, Dr. Raul, Elói Guimarães, Ibsen Pinheiro, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Manuela d'Ávila, Márcio Bins Ely, Mario Fraga, Neuza Canabarro e Raul Carrion. Constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Almerindo Filho, Carlos Todeschini, Clênia Maranhão, Elias Vidal, Ervino Besson, Margarete Moraes, Maria Celeste, Maristela Maffei, Maristela Meneghetti, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Paulo Odone, Professor Garcia, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Valdir Caetano. À MESA, foram encaminhados: pela Vereadora Clênia Maranhão, o Projeto de Lei do Legislativo nº 237/06 (Processo nº 5760/06); pelo Vereador Márcio Bins Ely, o Projeto de Lei do Legislativo nº 229/06 (Processo nº 5510/06); pelo Vereador Professor Garcia, os Pedidos de Informação nos 265 e 266/06 (Processos nos 5775 e 5776/06, respectivamente) e as Indicações nos 056, 057, 058, 059 e 060/06 (Processos nos 5770, 5771, 5772, 5773 e 5774/06, respectivamente). Na oportunidade, foram apregoadas as seguintes Emendas ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 011/06 (Processo nº 5335/06): de nº 02, de autoria do Vereador Bernardino Vendruscolo, Líder da Bancada do PMDB, subscrita pelo Vereador Nereu D'Avila; de nos 03 e 04, de autoria do Vereador Bernardino Vendruscolo, Líder da Bancada do PMDB. Também, foi apregoado Requerimento de autoria do Vereador Bernardino Vendruscolo, deferido pelo Senhor Presidente, solicitando votação em destaque para as Emendas nos 01, 02, 03 e 04, apostas ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 011/06. Ainda, foram apregoados os Ofícios nos 1116, 1117, 1118, 1119 e 1120/06, de autoria do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre, encaminhando os Projetos de Lei do Executivo nos 057, 058, 059, 055 e 056/06 (Processos nos 5764, 5765, 5766, 5762 e 5763/06, respectivamente). Na ocasião, constatada a existência de quórum deliberativo, foram aprovadas as Atas da Centésima Terceira e Centésima Quarta Sessões Ordinárias e da Septuagésima Quarta, Septuagésima Quinta e Septuagésima Sexta Sessões Solenes. Após, foram apregoadas as seguintes Emendas: de nº 01, de autoria do Vereador João Antonio Dib, Líder da Bancada do PP, ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 025/06 (Processo nº 4536/06); de nº 02, de autoria do Vereador Raul Carrion, Líder da Bancada do PCdoB, subscrita pelas Vereadores Margarete Moraes e Maristela Maffei, ao Projeto de Lei do Legislativo nº 189/04 (Processo nº 4238/04). A seguir, constatada a existência de quórum deliberativo, foi aprovado Requerimento verbal formulado pelo Vereador Mario Fraga, solicitando alteração na ordem dos trabalhos da presente Sessão. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Cassiá Carpes discorreu acerca de sua trajetória como Vereador e Secretário Municipal de Obras e Viação de Porto Alegre, agradecendo o apoio recebido durante esse período e ressaltando a importância do aprendizado obtido nesses cargos. Nesse sentido, mencionando sua eleição como Deputado Estadual, despediu-se desta Câmara, considerando profícuo e gratificante o trabalho desenvolvido em prol do Município. O Vereador Adeli Sell referiu-se à Audiência Pública realizada hoje pela manhã, neste Plenário, para estudar a localização do Teatro da Fundação Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, afirmando que esse debate foi produtivo para a solução dessa questão. Também, analisou a postura adotada, durante o corrente ano, pelas Bancadas de oposição ao Governo Municipal, frisando que a proposição de alternativas e a cobrança de melhorias e solução de problemas também fazem parte do papel do Poder Legislativo. O Vereador Raul Carrion, apresentando suas despedidas desta Casa, colocou-se à disposição para, na Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, receber os Senhores Vereadores e a população de Porto Alegre. Ainda, convidou para ato a ser realizado no dia dezoito de dezembro, na Casa dos Bancários, relativamente à invasão, há trinta anos, de local onde foi realizada reunião do Comitê Central do Partido Comunista do Brasil e onde foram mortos dirigentes desse Partido. O Vereador Márcio Bins Ely saudou a aprovação, na Centésima Segunda Sessão Ordinária, do Projeto de Lei do Legislativo nº 220/05, que torna obrigatório o protocolo de toda e qualquer reclamação, ofício, requerimento ou solicitação de informações, dirigida mediante documentação formal e por escrito pelos consumidores. Nesse contexto, destacou os benefícios que essa legislação proporcionará, enfatizando que o referido Projeto foi elaborado em conjunto com entidades de defesa do consumidor. A seguir, foi apregoado o Memorando nº 255/06, firmado pelo Vereador Dr. Goulart, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, por meio do qual Sua Excelência informa que o Vereador Dr. Raul estará representando externamente este Legislativo na cerimônia de posse dos Senhores Mário Cavalheiro Lisbôa e Armando Antônio Lotti nos cargos, respectivamente, de Corregedor-Geral e Subcorregedor-Geral do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul, a ser realizada hoje, às dezessete horas, no auditório da sede do Ministério Público, em Porto Alegre. Em continuidade, nos termos do artigo 94, § 1º, alínea “g”, do Regimento, o Senhor Presidente concedeu TEMPO ESPECIAL ao Vereador Carlos Todeschini, que relatou sua participação, em Representação Externa deste Legislativo, na conferência “Financiamento para o acesso universal à água e eletricidade”, realizada do dia onze ao dia treze de dezembro do corrente, no Centro Internacional da Pobreza, em Brasília – DF. Também, nos termos do artigo 94, § 1º, alínea “g”, do Regimento, o Senhor Presidente concedeu TEMPO ESPECIAL à Vereadora Maristela Maffei, que relatou sua participação, em Representação Externa deste Legislativo, na sétima edição da Conferência das Cidades e em evento organizado pela Rede Nacional de Frentes Parlamentares de Defesa da Criança e do Adolescente, realizados em Brasília – DF –, do dia onze ao dia quatorze de dezembro do corrente. Na ocasião, o Senhor Presidente prestou esclarecimentos acerca de renumeração de Emendas apostas ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 011/06 (Processo nº 5335/06). Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador José Ismael Heinen comentou o baixo número de inscrições para o Programa de Arrendamento Residencial do Departamento Municipal de Habitação, atribuindo esse fenômeno à redução, nos últimos anos, do poder aquisitivo da classe média. Além disso, desejou sucesso ao Vereador Raul Carrion, eleito Deputado Estadual, asseverando que eventuais desentendimentos entre Suas Excelências foram decorrentes de diferenças ideológicas, e não pessoais. Após, a Vereadora Manuela d'Ávila manifestou-se, informando que posteriormente entregaria ao Senhor Presidente relatório por escrito de sua viagem realizada à Bolívia. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Bernardino Vendruscolo defendeu a prorrogação da autorização para parcelamento do Imposto sobre a transmissão “inter-vivos” – ITBI –, alegando que essa medida seria benéfica para a população e criticando a falta de divulgação, pela Prefeitura Municipal, da possibilidade de utilização do pagamento parcelado para esse tributo. Ainda, apresentou a Cartilha de Orientação para o Parcelamento do ITBI, distribuída pelo Gabinete de Sua Excelência. Às quinze horas e dezenove minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às quinze horas e vinte minutos, constatada a existência de quórum. Em prosseguimento, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA e aprovado Requerimento verbal formulado pelo Vereador Dr. Goulart e aditado pelo Vereador Raul Carrion, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia, conforme definido pelo Colégio de Líderes. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Substitutivo nº 01 ao Projeto de Lei do Legislativo nº 129/05, com ressalva da Emenda nº 01 aposta ao Substitutivo, considerando-se prejudicado o Projeto original, após ser discutido pelas Vereadoras Manuela d'Ávila, Clênia Maranhão e Maristela Maffei e pelos Vereadores Adeli Sell, José Ismael Heinen e Professor Garcia. Na oportunidade, o Senhor Presidente registrou a presença, neste Plenário, do Vereador Renato de Abreu, Presidente da Câmara Municipal de Três de Maio – RS. Foi aprovada a Emenda nº 01, aposta ao Substitutivo nº 01 ao Projeto de Lei do Legislativo nº 129/05. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 052/06, após ser discutido pelos Vereadores Raul Carrion, Mario Fraga, Carlos Comassetto e Cassiá Carpes e pela Vereadora Maristela Maffei. A seguir, foi aprovado Requerimento verbal formulado pelo Vereador Dr. Goulart, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foram votados conjuntamente e aprovados os Projetos de Lei do Legislativo nos 194, 199, 222 e 232/06, por trinta e dois votos SIM, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Cassiá Carpes, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Dr. Raul, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Márcio Bins Ely, Margarete Moraes, Maria Celeste, Mario Fraga, Maristela Maffei, Maristela Meneghetti, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Paulo Odone, Professor Garcia, Raul Carrion e Sofia Cavedon. Na ocasião, em face da apreciação do Projeto de Lei do Legislativo nº 222/06, o Vereador Dr. Goulart afastou-se da presidência dos trabalhos, nos termos do artigo 22 do Regimento. Em Discussão Geral e Votação, foram votados conjuntamente e aprovados o Projeto de Lei do Legislativo nº 175/06 e o Projeto de Lei do Executivo nº 023/06. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 013/06. Também, foi aprovado Requerimento de autoria do Vereador Bernardino Vendruscolo, solicitando que as Emendas nos 01, 02, 03 e 04, apostas ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 011/06, fossem dispensadas do envio à apreciação de Comissões Permanentes. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei Complementar do Executivo n 011/06, com ressalva das Emendas a ele apostas, após ser discutido pelos Vereadores Adeli Sell, Carlos Todeschini, Elói Guimarães, João Antonio Dib, Bernardino Vendruscolo, Ervino Besson, Professor Garcia e Sebastião Melo. Na ocasião, o Senhor Presidente registrou a presença da Vereadora Anita Costa Beber, Presidenta da Câmara Municipal de Santa Maria – RS –, e do Senhor Antônio Alves, Tesoureiro do Diretório Estadual do Partido Liberal. Após, foram votadas destacadamente e aprovadas as Emendas nos 01, 02, 03 e 04, apostas ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 011/06. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 049/06, após ser encaminhado à votação pela Vereadora Clênia Maranhão e pelo Vereador Bernardino Vendruscolo. Em seguida, foi apregoado Requerimento de autoria do Vereador Raul Carrion, deferido pelo Senhor Presidente, solicitando votação em destaque para a Emenda nº 03, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 043/06. Às dezesseis horas e cinqüenta e nove minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às dezessete horas e quarenta e cinco minutos, constatada a existência de quórum. Após, foi apregoada a Emenda nº 01, proposta pelo Vereador Professor Garcia e assinada pela Vereadora Clênia Maranhão, Líder da Bancada do PPS, ao Projeto de Lei do Legislativo nº 134/06 (Processo nº 3194/06). Também, foram apregoadas as seguintes Emendas ao Projeto de Lei do Executivo nº 043/06 (Processo nº 4784/06): de nº 01, de autoria das Vereadoras Sofia Cavedon e Clênia Maranhão e do Vereador Raul Carrion, respectivamente Líderes das Bancadas do PT, do PPS e do PCdoB; de nº 02, de autoria das Vereadoras Sofia Cavedon e Clênia Maranhão; de nº 03, de autoria do Vereador Raul Carrion e da Vereadora Manuela d'Ávila; de nº 04, de autoria das Vereadoras Maristela Maffei e Sofia Cavedon e do Vereador Carlos Comassetto; de nº 05, de autoria das Vereadoras Sofia Cavedon e Maristela Maffei e do Vereador Raul Carrion; de nº 06, de autoria da Vereadora Sofia Cavedon e do Vereador Raul Carrion. Na ocasião, a Vereadora Clênia Maranhão formulou Requerimento verbal, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia, tendo o Senhor Presidente prestado esclarecimentos acerca do assunto. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Resolução nº 098/06. Em Discussão Geral e Votação, foram aprovados o Projeto de Resolução nº 093/06 e a Emenda nº 01 a ele aposta. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Resolução nº 095/06. Em Discussão Geral e Votação, foram aprovados o Projeto de Lei do Legislativo nº 134/06 e a Emenda nº 01 a ele aposta. Às dezessete horas e cinqüenta e quatro minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às dezessete horas e cinqüenta e cinco minutos, constatada a existência de quórum. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 043/06, com ressalva da Mensagem Retificativa e das Emendas a ele apostas, por trinta e três votos SIM, após ser encaminhado à votação pelos Vereadores Sofia Cavedon, Clênia Maranhão, Cassiá Carpes, Raul Carrion, Claudio Sebenelo, João Antonio Dib, José Ismael Heinen, Maristela Maffei, Valdir Caetano, Ibsen Pinheiro e Ervino Besson, em votação nominal solicitada pela Vereadora Maristela Maffei, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Cassiá Carpes, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, Ibsen Pinheiro, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Manuela d'Ávila, Márcio Bins Ely, Margarete Moraes, Maria Celeste, Mario Fraga, Maristela Maffei, Maristela Meneghetti, Mônica Leal, Neuza Canabarro, Paulo Odone, Professor Garcia, Raul Carrion, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Valdir Caetano e tendo apresentado Declaração de Voto, em nome da Bancada do PT, o Vereador Carlos Comassetto. Foram aprovadas a Mensagem Retificativa e as Emendas nos 01, 02, 03, 04, 05 e 06, apostas ao Projeto de Lei do Executivo nº 043/06. Na ocasião, o Senhor Presidente informou que os trabalhos seriam suspensos para apresentação da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre – OSPA. Às dezoito horas e trinta e nove minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às dezoito horas e quarenta e seis minutos, constatada a existência de quórum. Em Discussão Geral e Votação, foram aprovados o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 025/06 e a Emenda nº 01 a ele aposta. Em prosseguimento, em face Questão de Ordem formulada pelo Vereador Mario Fraga, o Senhor Presidente prestou esclarecimentos acerca da ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia. Às dezoito horas e cinqüenta minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às dezenove horas e quatro minutos, constatada a existência de quórum. Em Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 023/06, o qual teve sua apreciação suspensa. Na oportunidade, foi votado Requerimento de autoria do Vereador Alceu Brasinha, solicitando o adiamento, por uma Sessão, da discussão do Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 023/06, o qual obteve onze votos SIM e seis votos NÃO, após ser encaminhado à votação pelo Vereador João Carlos Nedel e pela Vereadora Maristela Maffei, em votação nominal solicitada pela Vereadora Maristela Maffei, tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Claudio Sebenelo, Ervino Besson, José Ismael Heinen, Márcio Bins Ely, Mario Fraga, Maristela Maffei, Maristela Meneghetti, Raul Carrion e Valdir Caetano e Não os Vereadores Dr. Raul, Elias Vidal, Ibsen Pinheiro, João Antonio Dib e João Carlos Nedel e a Vereadora Mônica Leal, votação esta declarada nula pelo Senhor Presidente, em face da inexistência de quórum deliberativo. Às dezenove horas e dez minutos, em face da inexistência de quórum deliberativo, o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Extraordinária a ser realizada amanhã, às onze horas. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Dr. Goulart, João Antonio Dib e Ervino Besson, os dois últimos nos termos do artigo 27, parágrafo único, do Regimento, e secretariados pelos Vereadores Professor Garcia e Luiz Braz, este como Secretário “ad hoc”. Do que eu, Professor Garcia, 2º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após aprovada pela Mesa Diretora, nos termos do artigo 149, parágrafo único, do Regimento, será assinada pela maioria dos seus integrantes.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
O Ver. Mario Fraga está com a palavra para um Requerimento.
O
SR. MARIO FRAGA (Requerimento):
Presidente, visto que nós teremos a última Sessão Ordinária nesta 5ª feira, eu
pediria a inversão da ordem dos trabalhos, mas antes, se for possível,
escutaríamos as Lideranças que se inscreveram. Já que nós temos para apresentar
uma proposta de trabalho, vou pedir as cópias à assessoria.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em
votação o Requerimento de autoria do Ver. Mario Fraga solicitando a inversão da
ordem dos trabalhos, começando pelo tempo de Comunicação de Líder e passando,
de pronto, para a Ordem do Dia, devido ao número de Projetos que temos para
votar. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO pela unanimidade dos Vereadores presentes.
O Ver. Cassiá Carpes está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Aguardamos.
O
SR. CASSIÁ CARPES: Sr.
Presidente, Dr. Goulart; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, eu quero aproveitar esta
oportunidade, na última Sessão Ordinária, para agradecer a esta Casa, que me
deu oportunidade de aqui ser eleito em 2000 pelo voto do povo de Porto Alegre e
reeleito em 2004; aqui nesta Casa, aprendi muito com vocês.
Quero
agradecer à Bancada do PTB, aos meus colegas Ver. Elói, Ver. Brasinha e a
outros que também trabalharam conosco; ao PMDB, à sua Liderança, quero
agradecer a convivência; ao PP, Ver. João Dib, pela convivência nesta Casa; ao
PT, embora havendo muitas divergências políticas, não temos nada a reparar,
temos boas amizades até, portanto a questão política sempre embasou os nossos
discursos aqui nesta Casa. Agradecemos ao PDT, Partido Democrata Trabalhista,
ao seu Líder e aos seus demais Vereadores; ao PPS; ao PFL; ao PCdoB,
Ver. Raul Carrion e Ver. Manuela d’Ávila; ao PSB, Verª Maristela Maffei; ao
PSL; ao PL; a todas as Bancadas. Quero agradecer a convivência sempre
democrática nesta Casa.
Agradeço
ao Prefeito Fogaça e ao meu Partido pela oportunidade que tive, porque pude me
retirar por um ano e três meses desta Casa para cumprir um dever e também
colaborar com a comunidade, sendo Secretário de Obras do Município.
Quero
desejar ao Ver. Ibsen Pinheiro, meu conterrâneo, um mandato profícuo na Câmara
Federal e à Verª Manuela d’Ávila também. Ao meu colega Raul Carrion - nós vamos
para a Assembléia - quero desejar um grande mandato também. Fico muito
agradecido a esta Casa. Da mesma maneira, agradeço a todos os funcionários
desta Casa, com quem durante mais de quatro anos convivemos, entendendo as suas
dificuldades: sem as suas presenças, sem o seu companheirismo e sem a sua
colaboração, nós não poderíamos fazer um trabalho.
Quero
agradecer à população de Porto Alegre que me elegeu, que me reelegeu e que
agora me transforma em Deputado Estadual, com a força de Porto Alegre, principalmente
com a base eleitoral forte. Vamos procurar manter na Assembléia, Ver.
Bernardino Vendruscolo, a mesma postura, a mesma coerência e a mesma luta. E
vamos lá continuar representando Porto Alegre, sim. Eu e o Ver. Raul Carrion,
tenho certeza, vamos, quando for possível, buscar fatos concretos, lutar por
Porto Alegre e por todo o Estado. Vamos ter uma maior amplitude, mas não
podemos esquecer a nossa Capital, que é a ressonância da política gaúcha, é o
esteio e a consistência para que possamos crescer politicamente embasados nas
vias democráticas.
O
mandato de 2000 foi, sem dúvida, um aprendizado; o de 2004, uma confirmação, e
estamos no caminho certo, devemos continuar lutando, tendo posições firmes,
políticas, mas só no embate político.
Ver.
Adeli Sell, transmita à sua Bancada a minha consideração, pois, embora houvesse
discussão no aspecto político, nunca passou disso. Com respeito, participamos
das Comissões Permanentes, coincidentemente da mesma, a Comissão de Defesa do
Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana; em 2000, como Presidente e, agora, como
Vice-Presidente, convivendo com outros Partidos e tendo uma convivência boa.
Tenho certeza de que nesses anos, aqui nesta Casa, lutamos junto com os
Vereadores para representar bem a comunidade de Porto Alegre. Estaremos na
Assembléia, com os olhos voltados para cá, porque aqui deixamos boas amizades,
aqui deixamos um trabalho consolidado, temos uma consideração muito grande por
esta Casa, que nos ensinou e que nos leva com mais experiência para a
Assembléia Legislativa, para que lá possamos continuar esse trabalho de luta,
esse trabalho baseado na coerência, esse trabalho baseado na política séria.
Obrigado, Presidente Dr. Goulart, quero desejar ao
amigo, que cumpriu o seu mandato como Presidente, e a todos um bom Natal, um
bom Ano Novo - para todos nós e para a população de Porto Alegre e do Rio
Grande. Obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O Ver. Adeli
Sell está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente, colegas Vereadores e Vereadoras, estamos nos aproximando
do final desta Legislatura com um conjunto de temas para serem tratados. Hoje
pela manhã tivemos uma audiência pública aqui, quando tratamos da questão da OSPA
e tivemos um conjunto de avanços nas discussões e, posteriormente, negociações
com a Bancada do Governo. Nós acreditamos que aquilo que propusemos - que é a
compensação na Zona Norte, que é a questão de não apartar o equipamento do
parque, que seja um projeto integrado de sustentabilidade, que seja, de fato,
uma gestão compartilhada - está no bom caminho. Esperamos que até o final da
tarde essas Emendas sejam negociadas e discutidas.
Neste
ano, colocamos um conjunto de cobranças aqui nesta Casa, colaboramos muito com
o Governo naquelas áreas e naquelas posições que eram de interesse do Governo,
e vamos continuar nessa trilha, nessas últimas Sessões, cobrando. Nós temos,
sim, algumas queixas: Projetos que aqui aportaram sem a devida sustentação;
Projetos que tiveram, Ver. Manuela d’Ávila, várias e várias vezes Mensagens
Retificativas, Substitutivos, às vezes com alguns erros que nós,
sistematicamente, chamamos a atenção. Esse é um dos papéis de qualquer
Vereador, mas a oposição, de um modo especial... E nós desempenhamos, sem
dúvida nenhuma - a Bancada do PT, a Bancada do PCdoB, a Bancada do PSB -, esse
papel fundamental. Em vários momentos tivemos apoio de Vereadores da base do
Governo; várias vezes tivemos sintonia com queixas e reclamações do Ver. João Dib,
e acho que isso é importante, pois mostra que nós estamos levantando questões
que não são meramente partidárias; mostra que não estamos fustigando o Governo
e que estamos fazendo oposição responsável.
Queremos
cobrar algumas coisas, como o abandono da Cidade. Nós não podemos terminar o
ano, Verª Maristela Maffei, sem reclamar da sujeira da Cidade, do abandono do
Centro Histórico, do abandono do Viaduto Otávio Rocha. As praças estão sujas,
com lixo, a questão dos moradores de rua está sendo empurrada e sem solução; há
os meninos e as meninas de rua com a sua problemática de drogatização na
Rodoviária. Os meninos e as meninas de rua e as meninas exploradas na Intercap,
no Jardim Medianeira, no Porto Seco e em outros lugares. Nós precisamos, sim,
levantar essas questões, que são questões fundamentais. Nós continuaremos
cobrando, Ver. Cássia, que já foi Secretário de Obras e sabe o quanto é
importante a conservação das ruas. E há ruas intransitáveis. Uma delas é a
esquina da Av. Borges de Medeiros com a Av. Senador Salgado Filho, que está
intransitável. Nós queremos um olhar atento da Administração, das Lideranças do
Governo, e nós estamos aqui para marcar essa posição. Portanto, são essas
algumas questões que deixo aqui, em nome da minha Bancada, a Bancada do Partido
dos Trabalhadores.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O Ver. Raul
Carrion está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. RAUL CARRION: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, em primeiro lugar, em meu nome e em nome
da Verª Manuela d’Ávila, também queremos deixar aqui - não digo a nossa
despedida, porque ainda teremos a reunião de amanhã para a eleição da Mesa,
teremos as reuniões da Comissão Representativa durante o mês de dezembro e
janeiro, mas talvez não encontremos todos os colegas e as colegas nessas
próximas reuniões - a nossa despedida fraterna, o nosso abraço, o nosso pedido
de desculpas por algum momento que possamos ter ofendido, magoado, ainda que
nunca tenha sido nossa intenção a qualquer colega desta Casa.
Nós estaremos - eu na Assembléia e a Verª Manuela
na Câmara dos Deputados - à disposição dos Srs. Vereadores e da população de
Porto Alegre, do Rio Grande do Sul e de todos aqueles que de nós necessitarem.
Saúdo também os demais Vereadores que não participarão do próximo ano aqui, o
Ver. Cássia Carpes e Ver. Paulo Odone, eleitos Deputados Estaduais, e o Ver.
Ibsen Pinheiro, que retorna à Câmara dos Deputados.
Em segundo lugar, queria registrar, visto que hoje
é dia 14 de dezembro, que há trinta anos, na madrugada do dia 16 de dezembro de
1976, na Rua Pio XI nº 767, uma modesta casa do bairro da Lapa, em São Paulo,
onde acabara de se realizar uma reunião do Comitê Central do perseguido Partido
Comunista do Brasil, foi violentamente invadida por agentes do DOPS de São
Paulo, tendo à frente o famigerado Delegado Sérgio Fleury, e por agentes do
DOI-CODI dos I e II Exércitos. Ao invadirem essa casa, dois prestigiosos e
antigos dirigentes do Partido Comunista do Brasil, Pedro Pomar, ex-Deputado
Constituinte, e Ângelo
Arroyo, operário metalúrgico de São Paulo, que se preparavam para tomar o café
da manhã, foram fuzilados sem qualquer direito a defesa, sem que pudessem
esboçar um único gesto.
Poucas
horas antes, outro dirigente do Comitê Central do Partido Comunista do Brasil,
João Batista Drumond, preso na noite anterior, ao sair do local da reunião, já
havia sido assassinado sob torturas nas masmorras do DOI-CODI do II Exército,
totalizando três dirigentes comunistas que foram mortos nessa madrugada.
Conhecida como a “Chacina da Lapa”, essa foi a última grande ação repressiva,
dirigida com o fito de liquidar a direção do Partido Comunista do Brasil.
É
importante dizer que estava prevista a presença de João Amazonas nessa reunião,
o objetivo era liquidá-lo, o principal dirigente do Partido Comunista do
Brasil. Por um acaso, ele se encontrava no Exterior, cumprindo uma tarefa de
Pedro Pomar, dirigente morto, que, por uma doença da sua esposa, foi
substituído por João Amazonas.
Da
mesma forma, na noite do dia 15 de dezembro, ao saírem do local da reunião,
foram presos Aldo Arantes, posteriormente Deputado Federal; Haroldo Lima,
posteriormente Deputado Federal, hoje dirigente da NP; Elza Monnerat e Wladimir
Pomar. Escaparam Jover Telles, o traidor, que, preso um mês antes, se colocou a
serviço dos órgãos repressivos para entregar a Direção do PCdoB. José Novaes
foi poupado, porque saíra junto com Jover Telles. Ficaria muito evidente que
Jover era o traidor, se fosse preso somente José Novaes e Jover Telles, o
traidor, fosse liberado. Esse episódio se deu já num momento em que se falava
em abertura no Brasil, é posterior ao assassinato de Wladimir Herzog, posterior
ao assassinato de Manoel Filho. Mostrou que a chamada abertura queria antes
tentar liquidar a principal força de esquerda que ainda naquele momento se
mantinha em atividade, que era o Partido Comunista do Brasil.
Ao
rememorarmos esses fatos não nos traz aqui nenhuma visão revanchista, os tempos
são outros. Hoje muitos dos dirigentes do PCdoB estão nos mais altos cargos da
República, defendo a própria necessidade de um exército democrático que defenda
a soberania nacional e respeite a ordem constitucional, mas é impossível deixar
passar em branco esses acontecimentos, não tirar deles os ensinamentos
necessários.
Concluo,
meu Presidente, convidando todos os Srs. Vereadores e Sras Vereadoras e aqueles que nos assistem
aqui ou pela televisão para o ato que se realizará, no dia 18 de dezembro,
segunda-feira, às 17h, na chamada Casa dos Bancários - agora recuperada -, na
Ladeira, antiga sede do Sindicato dos Bancários. Será um ato público de apoio à
família Telles, uma recordação dos 30 anos do massacre da Lapa e o repúdio à
tortura e ao Coronel Brilhante Ustra, que foi quem torturou a família Telles e
esteve, inclusive, atrás da montagem da chacina da Lapa. Então, deixamos esse
convite a todos os Vereadores e Vereadoras, a todos que nos escutam, será no
dia 18 às 17h. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado,
Vereador.
O
Ver. Márcio Bins Ely está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. MÁRCIO BINS ELY: Sr.
Presidente, Dr. Goulart, na pessoa de V. Exª quero cumprimentar os demais
Vereadores e Vereadoras desta Casa, um especial cumprimento ao Secretário Beto
Moesch, que nos honra com a sua presença na Sessão de hoje. Senhoras e
senhores, público que nos assiste, venho a esta tribuna hoje, em Tempo de
Liderança, falar em nome do meu Partido. A Bancada do PDT nesta Casa é composta
pelos Vereadores Nereu D’Avila, Mario Fraga, Ervino Besson, Dr. Goulart, pela
Verª Neuza Canabarro e por este Vereador.
Sr.
Presidente, na semana passada, esta Casa aprovou um importante Projeto de Lei
de minha autoria, o Projeto de Lei nº 220/05, que torna obrigatório o protocolo
de toda e qualquer reclamação, ofício, requerimento e solicitação de informação
dirigido mediante documento formal e por escrito pelos consumidores a empresas
que tenham matriz e filiais no Município de Porto Alegre. Tendo em vista, Sr.
Presidente, que, na mesma oportunidade em que foi aprovado o Projeto, nós
aprovamos também o Orçamento, as demandas do Orçamento acabaram por ofuscar um
pouco esse Projeto, por isso venho a esta tribuna informar ao público que nos
assiste e à população de Porto Alegre dessa importante conquista que a Câmara
Municipal passou a oferecer aos consumidores de Porto Alegre.
Digo
isso porque, assim como alguns outros Vereadores, tenho formação jurídica e sei
o que esse Projeto representa para aquelas pessoas que, porventura, venham a
ter que solucionar algum litígio e tenham que se socorrer do Poder Judiciário
para apreciar determinadas matérias. Esse Projeto de Lei garante ao consumidor
que ele terá o seu pedido, quando assim entender necessário, protocolado e aceito
- e formalmente protocolado -, quando dirigido a uma empresa no Município de
Porto Alegre.
Eu
gostaria de enfatizar, neste momento em que nós estamos aqui e temos a
oportunidade de trazer a esta tribuna esse tema, que esse Projeto de Lei, em
realidade, não traz nenhum prejuízo para nenhuma das partes. Primeiro, porque a
empresa, quando protocola um ofício ou um documento, simplesmente está
afirmando que recebeu aquele ofício, aquela formalização de reclamação. Ela não
assume nenhuma outra responsabilidade perante aquele documento que não, única e
exclusivamente a do recebimento.
O
mérito a respeito do tema e do assunto a ser tratado pode até não ser debatido,
mas o consumidor que tiver no papel o carimbo de que venceu aquela etapa, que
no Poder Público seria a etapa administrativa do processo, vai poder se
socorrer num próximo momento - na segunda instância, que seria a instância
judicial -, pelo menos dando a entender que teve boa vontade de resolver na
primeira instância, que é a instância que envolve as partes. É neste sentido
que trago o tema para o debate neste Tempo de Liderança para o conhecimento da
população: o sistema financeiro, as telefônicas, as imobiliárias, as lojas, o
comércio passam a ter essa obrigatoriedade com a comunidade porto-alegrense.
Eu
gostaria de saudar aqui o Secretário Idenir Cecchim, Secretário que nos apoiou,
que respaldou a iniciativa desse Projeto; quero fazer um agradecimento e um
reconhecimento ao trabalho sério que vem se desenvolvendo na Secretaria
Municipal de Indústria e Comércio da nossa Capital, um eixo forte do Governo
Fogaça. Cumprimentos ao Idenir, que se encontra hoje aqui na Sessão.
Quero
dizer, portanto, que está estabelecida essa nova regra, foi uma iniciativa que
partiu de iniciativas com a Andecon - Associação Nacional da Defesa do
Consumidor -, com sede em Porto Alegre, que nos trouxe essa demanda, e é com
muita alegria que nós comunicamos a sua aprovação; deve estar sendo sancionada
em breve. A Redação Final já partiu desta Casa para o Poder Executivo. Temos a
previsão de multa, uma multa que nós entendemos relativamente razoável, porque
na primeira incidência autua o infrator em 500 UFIR, na segunda em mil UFIR,
prevendo, inclusive, cassação de alvará para a terceira incidência. Temos
certeza de que vai forçar que se encontrem entendimentos entre as partes -
entre o consumidor e os fornecedores de serviços e vendedores de produtos na
nossa Capital.
Fica
essa contribuição. Entendo que é mais uma conquista na área do contribuinte, do
contribuidor, porque não só essa legislação que torna obrigatórios os
protocolos, mas também a legislação recente que nós apoiamos, por minha
iniciativa, que foi a redução das filas de banco para quinze minutos, visam,
única e exclusivamente, à qualidade no atendimento, à melhoria da qualidade dos
atendimentos e à melhoria na prestação de serviços na nossa Capital. Muito
obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado,
Ver. Bins Ely.
A
Diretoria Legislativa informa que o Ver. Dr. Raul estará hoje à tarde, às 17
horas, na Sessão Solene de posse do Dr. Mário Cavalheiro Lisbôa e do Dr.
Armando Antônio Lotti, na sede do Ministério Público de Porto Alegre,
representando esta Presidência.
O
Ver. Carlos Todeschini está com a palavra em Tempo Especial.
O
SR. CARLOS TODESCHINI: Sr.
Presidente, Ver. Dr. Goulart; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, público presente e assistência
da TVCâmara, venho aqui fazer o relatório, Sr. Presidente, da atividade em que
estive em representação desta Casa, numa reunião que tratou da consulta
internacional a especialistas sobre o Financiamento para o Acesso Universal à
Água e à Eletricidade, que ocorreu em Brasília de 11 a 13 de dezembro.
Foi
uma reunião bastante importante, contou com a participação de representantes técnicos
da ONU, que ficaram encarregados de, em parceria com o Ministério das Cidades,
a Fundação Friedrich Ebert, o Instituto para os Estudos da Pobreza, o NDP,
também, instituições do mais alto grau de importância em todas as áreas em
nível mundial, discutir os assuntos relativos às fontes de financiamento para a
universalização do acesso à água e à eletricidade. É um desafio mundial, mas
essa reunião ficou com o encargo de produzir um documento, que será apresentado
às autoridades da ONU com o objetivo de cumprir as metas do milênio.
Nessa
reunião estavam representantes da ONU de vários países, como os Estados Unidos,
Turquia, Argentina, México, Peru, Inglaterra e Brasil, todos com experiências
de gestão, de governo, em administração dos serviços de água, saneamento e
eletricidade.
E
o bom é que também, por coincidência, na terça-feira, foi aprovado um Projeto
de Lei no Brasil que trata do marco regulatório do saneamento; um Projeto
esperado há 20 anos que também vem na direção desse encontro que nós tivemos,
porque ele objetiva, com a regulamentação do saneamento, oferecer regras e
condições para prover o acesso da água, do saneamento para as pessoas,
especialmente para as mais pobres e para aqueles que moram em áreas afastadas e
longínquas, sabemos que o adequado saneamento e a adequada prestação de
serviços oferecem condições de qualidade de vida e garantias de inclusão social
para as pessoas.
Julgo
que a reunião foi muito proveitosa. Também podemos destacar, com orgulho, as
experiências que nós temos, que nós vivenciamos no Brasil, o acúmulo que nós
temos em nível de conhecimento, de domínio, o que nos autoriza a poder
contribuir de maneira importante para dar respostas aos desafios que hoje são
colocados ao mundo todo em relação à carência e à dificuldade de
universalização dos serviços.
Eu
quero destacar aqui que, por coincidência, a aprovação desse Projeto, que é a
versão aprovada no final, que resultou na junção do PLS nº 155/05, Projeto de
Lei do Senado, e mais o PL nº 5.296 e o Projeto de Lei Complementar nº
1.144/03, que tramitava no Congresso Nacional, e que agora seguem para a sanção
do Presidente da República, o que deve acontecer em seguida, depois vai
certamente para a promulgação, visto que há consenso, foi um Projeto aprovado
por aclamação. Entre as medidas principais estão as questões ligadas ao
cumprimento das metas no milênio: atingir a universalidade, ou seja, garantir
água e saneamento para todas as pessoas do Brasil. Isso feito com base num
marco regulatório que prevê as questões fundamentais do setor, como a
organização do financiamento, que deve elevar expressivamente os financiamentos
públicos, os oriundos dos fundos, especialmente do FGTS no Brasil, que é a
poupança do trabalhador, bem como o FAT, a questão da titularidade dos serviços.
Para nós, municipalistas, é uma questão muito cara; ela não foi tratada nesse
Projeto de Lei porque já existem duas ações no Supremo que estão em julgamento,
em análise, e essa consolidação terá um veredicto final do próprio Poder
Judiciário, pois, dos onze votos, quatro já indicam uma direção muito clara,
que é a indicação favorável à titularidade municipal dos serviços de interesse
local, portanto a água e o saneamento.
Vai
versar sobre as questões do direito do consumidor, em que as concessionárias
deverão prestar contas de maneira muito transparente de todos os atos,
envolverá a questão do controle social com a inclusão de mecanismos de participação no
controle e no planejamento e na qualidade dos serviços. Também prevê a
transparência total dos elementos que vão ser base para informação, para a
formação dos preços bem como da qualidade do serviço e das metas a serem
atingidas.
Então, nós temos aqui, eu creio, o encerramento de
um ano que prepara todo um novo ciclo de grandes investimentos e de possibilidade
de grandes avanços no Brasil, em especial a partir da aprovação dessa lei, que
aguardava há mais de vinte anos para ser aprovada. E para que a gente não tenha
mais problemas como tivemos aqui na Região Metropolitana, que foi a trágica
mortandade de peixes, causada especialmente pela poluição e pela falta de
tratamento dos esgotos domésticos. Muito obrigado pela atenção de todos.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): A Verª
Maristela Maffei está com a palavra em Tempo Especial.
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras,
senhoras e senhores, estive em representação desta Casa, durante a semana, em
Brasília, onde discutimos dois temas em especial. O primeiro diz respeito à 7ª
edição da Conferência das Cidades, que vou relatar em outro momento. Quero
especificar o tema que ontem, mais especialmente, estivemos debatendo: a Frente
Parlamentar em Defesa dos Direitos do Adolescente, Frente do Congresso
Nacional, com os três níveis de Poderes. No final foi apresentada esta Cartilha
(Mostra a Cartilha.), elaborada pelo Senado Federal em conjunto com a Câmara
Federal. No Senado Federal esteve na organização a Senadora Patrícia Saboya; na
Câmara Federal, a Deputada Federal Maria do Rosário e também a Deputada Telma,
do Norte do País; juntas elas fizeram a elaboração deste belo trabalho em
relação às Frentes Parlamentares do Brasil.
Vou
fazer uma breve leitura (Lê.): “A Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da
Criança e do Adolescente do Congresso Nacional nasceu oficialmente em 1993. No
entanto, a formação desse movimento suprapartidário, que reúne Parlamentares de
tendências ideológicas variadas e distintas, tem origem anterior. Os primeiros
passos começaram a ser dados em 1987, quando, depois de mais de vinte anos de
ditadura militar, o País se mobilizava em torno da Assembléia Nacional
Constituinte para a elaboração da nova Constituição brasileira, promulgada em
outubro de 1988. Naquele momento histórico, marcado por uma grande
efervescência política, iniciou-se a construção de uma sólida e produtiva
aliança entre os movimentos sociais e alguns Parlamentares identificados com a
causa da infância e da adolescência. Estava formado o núcleo do que viria a ser
a Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente.
“Desde
então, a Frente vem colecionando vitórias significativas na luta por melhores
condições de vida para as crianças e os adolescentes brasileiros. Já naquela
época, antes da sua criação oficial, o movimento desempenhou um papel
fundamental em algumas conquistas de grande importância para as novas gerações,
como a inclusão dos artigos 227 e 228 na Constituição de 1988, que tratam da
proteção integral da infância e da adolescência, e a elaboração do Estatuto da
Criança e do Adolescente (ECA), considerado uma das mais avançadas legislações
do mundo no que se refere ao segmento infanto-juvenil. A Frente teve ainda, com
sua atuação diária, participação ativa na ratificação de importantes tratados e
convenções internacionais. E, nessa trajetória de avanços, os Parlamentares têm
lutado pela implementação dos preceitos do ECA e pela garantia de mais recursos
para as políticas públicas direcionadas a essa parcela da população,
acompanhando e fiscalizando as ações do Poder Executivo”.
Isso
é parte do nosso relatório que vai ser entregue a cada um dos Pares desta Casa,
Ver. Sebenelo, e também é muito claro para os Parlamentares federais, estaduais
e os nossos municipais que, sem os movimentos organizados - até porque todas as
instituições têm no seu bojo um conservadorismo muito grande -, sem a sociedade
civil, nada modifica, rompe ou avança.
Nesta Casa nós tivemos, durante esses dois
primeiros anos, na Frente Parlamentar, um papel importante, contamos com os
seguintes Vereadores: Sofia Cavedon, Maria Celeste, Manuela d’Ávila, Adeli
Sell, Aldacir Oliboni, Sebastião Melo, Mônica Leal, Margarete Moraes, Neuza
Canabarro, que estiveram profundamente interligados com esse projeto. E o
grande desafio nosso, Sr. Presidente, foi a partir deste ano, quando colocamos
em prática um projeto-piloto, para que não mais discutamos apenas entre nós,
interlocutores, que já temos a noção e a elaboração não pronta, mas com mais
conteúdo, que possamos estar exatamente junto àquelas pessoas mais
desprotegidas.
Fizemos aqui um seminário com a participação dos
colégios e com Juiz Leoberto Brancher, Juiz da Infância e Adolescência, com as
escolas, e é o que nós vamos fazer como grande desafio no próximo ano: a Frente
Parlamentar não mais dentro da Câmara de Vereadores, mas lá, na base,
articulando em todas as regiões de Porto Alegre, com os colégios estaduais,
municipais e também com os particulares. Faremos um trabalho nessa área em
especial, que é a questão da erotização, que é a questão dos meios de
comunicação e do nosso papel, como Parlamentares e articuladores, para, de
fato, estarmos, nós e aqueles que sofrem as conseqüências, juntos, buscando
alternativas possíveis, para que a gente realmente faça trabalhos práticos,
para que os nossos jovens sejam mais felizes e não tenham tantos problemas
quanto hoje, problemas que muitas vezes não são palpáveis. Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Participamos
que a Verª Maristela Maffei esteve representando a Casa na 7ª edição da
Conferência das Cidades, Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Criança e
do Adolescente do Congresso Nacional, de 12 a 14, em Brasília, regimentalmente.
Em relação ao Projeto do Procon, PLCE nº 011/06,
chegam Emendas agora, e a Emenda que era a nº 01 passa a ser a nº 02; a Emenda nº 02 passa a ser a nº 03; a
Emenda nº 03 passa ser a nº 04, porque entra uma Emenda que passa a ser a nº
01.
O Ver. José Ismael Heinen está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O
SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exmo Sr. Presidente, Ver. Dr. Goulart; nobres colegas Vereadoras,
Vereadores, público que nos assiste, foi publicado hoje no Diário da Prefeitura
o lançamento de mais um Projeto PAR. Há pouco eu trouxe notícias do DEMHAB
sobre as inscrições, que são em tempo bastante restrito, Sr. Presidente, até o
dia 22, e do pouco interesse da nossa população. O que está acontecendo? O
Projeto PAR é para quem ganha de três a cinco salários mínimos, a prestação é
de 350 reais, mas nós não temos inscrições. Isso mostra os problemas
sócio-econômicos que estamos enfrentando.
Hoje
houve apenas uma progressão, nesses últimos Governos, àquele que recebia um
salário mínimo ou abaixo do salário mínimo com a bolsa-família; os que recebiam
mais do que um salário mínimo, a classe trabalhadora, a classe média, perderam
o seu poder aquisitivo, a classe média está rotulada no limite de 1.050 reais!
Duvido que ele eduque um filho! Já começa que os limites da classe média hoje,
para fins de estatística, estão totalmente desmoralizados. Vivencia-se, nesses
problemas conjunturais, sociais e econômicos... No Projeto PAR em Porto Alegre
- de uma importância muito grande para o nosso Município, para os nossos
munícipes -, a “corrida ao ouro” não existe, há apenas dez inscrições para
quatrocentas vagas.
Uma
outra grande dificuldade desses projetos do Governo atrelados à Caixa Econômica
Federal são as exigências absurdas para aquele que precisa ter a sua casa
própria, porque é exigido até papel passado de seu casamento, um monte de
negativas, contracheques não sei de quantos meses, se é casado, ou se não é
casado, quanto ganha, quanto não ganha... É um projeto social, gente, em que a
garantia é o próprio imóvel! Vamos fazer esse desenvolvimento social, esse
desenvolvimento, também, de geração de renda para o nosso Município! Agora,
para que isso aconteça, nós temos de desburocratizar, temos que dar um acesso
realmente digno e fácil. É dispor uma verba e querer que essa verba realmente
seja aplicada. É uma verba do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, em que 10%
das multas, quando o funcionário é despedido por justa causa, vão para esse
fundo da casa própria, é um dinheiro dos próprios empresários de Porto Alegre
que está sendo aproveitado, é renda de Porto Alegre que acaba indo embora.
Então, nós temos de fazer - estamos batendo muitas vezes nessa tecla - um
aproveitamento dessas verbas disponíveis, que possam ser usadas em benefício do
povo, que possam gerar renda e dignidade, renda para o Município e dignidade
para aquele que necessita da sua habitação.
Sr.
Presidente, eu quero encerrar a minha parte e dizer ao nobre Ver. Raul Carrion,
agora ele vai estar na Assembléia Legislativa, que eu acredito que tivemos
momentos com algumas discussões de plenário, em que cada um defendeu seus
pontos de vista de uma maneira bastante ferrenha. E até eu poderia dizer, e
quero colaborar com o que V. Exª acabou de falar, que existem vítimas de ambos
os lados, existem heróis de ambos os lados, e, principalmente, aqueles que
defenderam suas convicções merecem, e sempre merecerão, o nosso respeito.
Assim, também teríamos a intentona comunista, teríamos aqueles que foram à
guerra, que hoje estão excluídos das indenizações, aqueles que foram
prejudicados de 1946 a 1988.
Quero
dizer ao nobre colega Raul Carrion que ele continue nessa luta briosa pelos
direitos que ele acha justos, pelo idealismo do comunismo; na minha convicção,
isso não me serve, eu defendo o liberalismo, a liberdade social, a democracia
social, é um direito que eu tenho, o mesmo que V. Exª tem. E quero deixar essa
mensagem ao nobre amigo, com quem aprendi muito nesta Casa. Que essas eventuais
discordâncias sirvam - tenho certeza de que servirão - para que os nossos
ideais se fundamentem e cresçam. Seja feliz! Eu tenho certeza de que o será na
Câmara Estadual, e aqui terás um Vereador discutindo, peleando, mas um amigo
acima de tudo. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. MANUELA D'ÁVILA: Sr.
Presidente, só para justificar: eu poderia fazer em plenário a justificativa da
viagem que fiz à Bolívia, representando, sem ônus para esta Casa, a Câmara, mas
farei por escrito para economizar o tempo da nossa Sessão, para podermos
aprovar mais Projetos nesta última Sessão Ordinária do ano. Obrigada.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Aguardamos o
seu Relatório, Excelência.
O
Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado,
Excelência.
Não
havendo Lideranças inscritas, suspendo os trabalhos para entrarmos na Ordem do
Dia, mas já com a ordem dos trabalhos acertada. Estão suspensos os trabalhos.
(Suspendem-se
os trabalhos às 15h19min.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart – às
15h20min): Estão
reabertos os trabalhos da presente Sessão.
Havendo
quórum, passamos à
Em votação o Requerimento de autoria das Lideranças da Casa para apreciação das seguintes matérias constantes na Ordem do dia de hoje: PLL n° 129/05, PLE n° 052/06, PLL n°232/06, PLL n° 199/06, PLL n° 194/06; votação em bloco do PLL n° 175/06 e PLE n° 023/06. Após, PLCE n° 013/06, PLCE n° 011/06, PLE n° 049/06, PR n° 098/06, PR n° 093/06, PR n° 095/06, PLL n° 134/06, PLE n° 043/06, PLCL n° 025/06, PLCL n° 023/06, PLL n° 070/05, PLE n° 048/06, PLL nº 200/06, PLCL nº 008/06, PLCL nº 019/06 e PLL nº 092/06.
O SR. RAUL CARRION (Questão de Ordem): Sr. Presidente, falei há pouco com V. Exª
e com a Diretoria Legislativa. Conforme acordo de Mesa, há pelo menos mais dois
Projetos - o meu e o da Verª Manuela, e nós estamos de saída - previstos ao
final desses que aqui estão relacionados. Então, acho importante que eles
estejam relacionados, todos previstos, conforme acordo de Mesa, para que não
haja depois entendimento de que estamos incluindo algo que não foi previsto.
O
SR. PRESIDENTE (Dr.Goulart):
Estamos providenciando a lista, um anexo.
O
SR. RAUL CARRION: Então,
nós temos acordo com essa lista.
O
SR. PRESIDENTE (Dr.Goulart):
Em votação a nova ordem dos trabalhos, conforme acordado e já distribuído às
Lideranças, que será a seguinte: PLL nº 129/05, PLE nº 052/06, PLL nº 232/06,
PLL nº 199/06, PLL nº 194/06, votação em bloco do PLL nº 175/06 e PLE nº
023/06. Após, PLCE nº 013/06, PLCE nº 011/06, PLE nº 049/06, PR nº 098/06, PR
nº 093/06, PR nº 095/06, PLL nº 134/06, PLE nº 043/06, PLCL nº 025/06, PLCL nº
023/06, PLL nº 070/05, PLE nº 048/06, PLL nº 200/06, PLCL nº 008/06, PLCL nº
019/06, PLL nº 092/06, PLL nº 222/06 e PLL nº 189/04. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa). APROVADA.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N. 2716/05 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 129/05, de autoria da Ver.ª Manuela d'Ávila, que
dispõe sobre a cassação definitiva do Alvará de Funcionamento dos
estabelecimentos situados no Município de Porto Alegre, cujos funcionários ou
seguranças tenham usado de violência no trato com clientes, conforme
especifica. Com Substitutivo nº 01. Com Emenda nº 01 ao Substitutivo nº 01.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Márcio Bins Ely: pela existência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto; Relator Ver. Paulo Odone: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Substitutivo nº 01;
- da CEFOR. Relator
Ver. Professor Garcia: pela
rejeição do Projeto e aprovação do Substitutivo nº 01;
- da CUTHAB.
Relator Ver. Mario Fraga: pela
rejeição do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia por força do
art. 81 da LOM, em 30-11-06;
- adiada a discussão por uma Sessão.
A
SRA. MANUELA D'ÁVILA:
Sr. Presidente, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, primeiramente eu gostaria de registrar... Porque
acho que nós avançamos, e existe uma opinião bastante forte da Comissão de
Constituição e Justiça, mas temos Parecer favorável ao Substitutivo, que é
aquilo que eu venho explicar, venho pedir o voto de Vossas Excelências. Em
relação a esse Projeto, a Lei Orgânica do Município, Ver. João Antonio Dib, no
seu art. 150, coloca: “Sofrerão penalidades de multa até a cassação do alvará
de instalação e funcionamento os estabelecimentos de pessoas físicas ou
jurídicas que, no território do Município, pratiquem ato de discriminação
racial; de gênero; por orientação sexual, étnica ou religiosa...”
O
que nós fazemos? Na minha compreensão, a Lei Orgânica não estabelece nenhum
critério, portanto o Secretário, ao seu bel-prazer - Secretário Cecchim, hoje
-, com a legislação que temos hoje, pode aleatoriamente, a partir do seu bom ou
mau senso, cassar o alvará por uma agressão pequena, ou multar por uma agressão
gigantesca. Nós não temos um critério. O Substitutivo ao Projeto de Lei
trabalha com qual idéia? Que na primeira vez, passado todo o trâmite
burocrático, comprobatório na Secretaria Municipal de Indústria e Comércio, que
é quem fiscaliza os alvarás, o estabelecimento seja notificado, comunicado que,
na reincidência, Ver. Ismael, terá o seu alvará cassado.
Nós
também suprimimos a palavra “definitiva”, porque não é correto que
estabeleçamos uma pena perpétua a alguém que cometeu um erro ou um crime
relacionado ao preconceito. Portanto, existe a possibilidade de se reorganizar,
de requerer mais uma vez o seu alvará depois de cometer duas vezes o crime de
preconceito e ter o seu alvará cassado.
Qual
é a importância desse Projeto para a cidade de Porto Alegre? Qual é a
importância de a Câmara aprovar esse Projeto de minha autoria? A Câmara
Municipal de São Paulo, Ver. João Antonio Dib, depois de tomar conhecimento do
Projeto que estava tramitando aqui, já copiou, já aprovou em São Paulo. Por
quê? Porque nós temos um grave problema hoje: a maior parte das equipes de
segurança dos estabelecimentos de Porto Alegre, assim como em todo o País, Ver.
Adeli Sell, é terceirizada. Nós todos aqui, que temos bom senso, sabemos que as
equipes de segurança trabalham de acordo com a orientação do dono do estabelecimento.
Se a equipe faz algo que desagrada o dono, o dono demite a equipe ou corrige os
erros. Entretanto, hoje em dia, quando há agressões nos bares, nas casas
noturnas, nos shopping centers, como tivemos recentemente, nós ouvimos
sempre a mesma resposta por parte do dono do estabelecimento: “É uma empresa
terceirizada, processem, culpem, discutam com a empresa que nós contratamos”.
O
Sr. Paulo Odone: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Verª Manuela d’Ávila, eu quero
depor que realmente os vícios que foram detectados na CCJ foram, depois,
corrigidos pelo Substitutivo. Não só estamos de acordo com o que foi corrigido,
como também estamos de acordo com o mérito do seu Projeto; vamos votar “sim”.
Felizmente uma Vereadora companheira que entendeu o espírito de despacho
técnico da CCJ. Meus parabéns!
A
SRA. MANUELA D’ÁVILA: Muito
obrigada, Ver. Paulo Odone.
Nós
temos hoje - talvez nem todos conheçam, porque não convivem cotidianamente em
lugares freqüentados por jovens ou em ambientes teoricamente não-feitos para a
freqüência de negros, já que temos ambientes que ainda são feitos para
participação exclusiva dos brancos - um número grande de casos de seguranças
que agridem os nossos jovens, porque sabem que não serão responsabilizados. E
os donos desses estabelecimentos “lavam as suas mãos”, porque não vêem, em
perspectiva, uma punição à altura do que é exigido pelos crimes de preconceito,
fundamentalmente esses que já estão listados no art. 150 da Lei Orgânica.
O
Sr. João Antonio Dib: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Nobre Verª Manuela, eu quero
dizer a V. Exª que o seu Substitutivo tem o meu integral apoio. Mas não quero
que V. Exª saia desta Casa sem que eu faça uma declaração neste momento. Uma
das coisas que eu mais admiro é a integridade, e em V. Exª eu encontro
integridade. Saúde e PAZ! E muito sucesso lá!
A
SRA. MANUELA D’ÁVILA: Muito
obrigada, Ver. João Antonio Dib.
Eu
peço, portanto, a todos os Vereadores e Vereadoras que apóiem o Substitutivo nº
1 ao Projeto e a Emenda, porque são todos de minha autoria, são correções
feitas por meio do diálogo construtivo com o Secretário Cecchim, que nos alegra
com a sua vinda aqui, com o Governo e também com a nossa Bancada. Muito
obrigada a todos.
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): A Verª Clênia
Maranhão está com a palavra para discutir o PLL nº 129/05 e o Substitutivo nº
01.
A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, eu sei que temos uma tarde com muitos
trabalhos, com muitos Projetos, mas faço questão, Verª Manuela, de fazer uma
rápida intervenção sobre o seu Projeto. E faço questão de fazê-la no processo
de discussão do Projeto para expressar a posição desta Vereadora, que, além de
ter discutido o seu Projeto com várias Vereadoras e Vereadores, o fez com o
Secretário da SMIC, que nos prestigia com sua presença.
O Projeto da Verª
Manuela trata de um dos graves problemas da área de direitos humanos da
juventude, fundamentalmente da juventude, das pessoas de uma forma em geral;
trata de um problema que é muito recorrente, infelizmente, que é a questão da
violência em alguns estabelecimentos de nossa Cidade, violência que é praticada
não diretamente pelos seus proprietários ou pelos seus funcionários, mas, às
vezes, por serviços terceirizados, por seguranças que realmente não conseguem
compreender o papel do segurança ou não têm um conceito de respeito às pessoas,
aos seres humanos, extrapolando suas funções.
Evidentemente, não se
trata de discriminação, de preconceito ou prejulgamento de nenhuma categoria
profissional. Todas as categorias profissionais têm o seu papel, têm a sua
responsabilidade; há bons e maus profissionais, e a regulação feita pelo Estado
tem que ser exatamente no sentido de garantir os serviços de bons profissionais.
O Projeto trata exatamente da co-responsabilidade dos empreendedores, dos
proprietários - no caso da violência oriunda de um conflito, ou às vezes mesmo
sem conflito -, junto a essas pessoas que são contratadas para fazer serviços
de segurança.
Eu acho que o Projeto nos faz
retornar a um tema, a uma situação, a uma circunstância bárbara que ocorreu na
nossa Cidade com uma moradora de nossa Cidade nesta semana. Uma professora da
Fapa - Faculdades Porto-Alegrenses - foi fazer uma visita a um apartamento, não
sei se para aluguel ou para compra, e, seguindo os trâmites usuais, o segurança
foi lhe mostrar o apartamento. Qual era o problema? Não havia investigação e
nem uma co-responsabilidade da empresa no ato de contratar essa pessoa. Ele era
uma pessoa com antecedentes criminais, uma pessoa que não havia sido
recuperada, já tinha denúncia de crime de estupro, e ele estuprou a professora
universitária que havia ido olhar o apartamento e a matou. Então, eu acho que
esse fato nos faz pensar em nossa responsabilidade de exigir que a nossa
sociedade seja muito mais rigorosa e que, dentro das preocupações de
responsabilidade social de todas e de todos aqueles que são empreendedores e
proprietários, coloquem os cuidados necessários na hora da contratação das
pessoas para fazerem a segurança.
Nós conhecemos muitos casos, infelizmente, de
jovens que são agredidos na madrugada e que são agredidos porque perdem o seu
comando de pagamento; são agredidos porque desafiam ou bebem um pouco demais.
Eu conversava com o Vereador e Deputado eleito Paulo Odone sobre a problemática
que também ocorre nos grandes clubes e nos pequenos clubes. Eu já vi muitas
denúncias desse tipo de circunstância em escolas de samba. Portanto, o que
estamos tratando aqui é de restaurar um conceito, restaurar o papel dos órgãos
de segurança privada, que devem, sim, estar submetidos a leis, garantindo a
preservação da imagem dos bons funcionários, garantindo o bom desempenho desses
profissionais e, principalmente, garantindo a integridade física, psicológica
das pessoas que hoje freqüentam os bares, os restaurantes, os clubes e os shopping
centers.
Eu já presidi a Comissão de Direitos Humanos desta
Casa e me recordo de graves e várias denúncias que chegaram relacionadas a
alguns seguranças de lojas privadas ou de própria segurança de alguns shopping centers, alguns processos inclusive se arrastaram na Polícia, na
Justiça, sem que fossem detectados os culpados. Recordo-me de um jovem com 17
anos, que era carregador, fazia aqueles pequenos trabalhos terceirizados no shopping há muitos anos aqui na Capital:
ele ficou surdo por ações de espancamento. Infelizmente, essa é uma realidade
que existe; infelizmente, essa é uma trágica realidade e uma realidade sobre a
qual nós, os Parlamentares, e Executivo temos que nos debruçar. Precisamos ser
rigorosos, construirmos leis que efetivamente sejam cumpridas, sempre dando um
espaço de reconstituição dos estabelecimentos, para que eles possam desempenhar
as suas atividades produtivas. Obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Anunciamos
entre nós a presença do Ver. Renato de Abreu, Presidente da Câmara Municipal de
Três de Maio, da Bancada do PT. O Vereador também faz parte da Frente Nacional
de Vereadores pela Reforma Urbana; receba a nossa saudação, Vereador. (Palmas.)
A Verª Maristela Maffei está com a palavra para
discutir o PLL nº 129/05 e o Substitutivo nº 01.
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, minha cara camarada Deputada Federal e
sempre Vereadora desta Casa Manuela d’Ávila, bem como a Verª Clênia Maranhão
que me antecedeu, quero dizer que também compreendo que nós temos muitos
Projetos, mas não vir aqui e falar sobre este Projeto seria algo imperdoável.
Eu li muito a respeito de um Projeto do Senador
Paulo Paim, o Projeto de Lei nº 285/06, Projeto Cantando as Diferenças, que diz
respeito às questões culturais, individuais, à acessibilidade universal, aos
direitos humanos, à diferença e cidadania; um Projeto de inclusão social, de grupos
discriminados por condição social, etnia, por raça, gênero, idade, livre
orientação sexual, pessoas com deficiências. E lembro também um exemplo de
barbárie aqui em Porto Alegre, com a questão do Shopping Olaria, onde grupos
que ali se encontram, por terem livre orientação sexual - que não é opção, é
outra discussão -, ali são vistos como pessoas que estão atingindo a sociedade, quando deveria ser o contrário! São
pessoas que vêm ao mundo e querem ser felizes, como todos. Ao contrário, por
uma cultura grossa, atrasada, arcaica e desumana, aqueles proprietários - entre
aspas, porque aqueles espaços são concessões públicas - atingem aquelas pessoas
com uma brutalidade fantástica, como se fossem os donos da razão, os donos de
uma verdade única da sociedade, estabelecida por aquele caráter, por aquele
conceito, por aquele paradigma, aquele viés, por aquele tipo de família!
Mas
o que, de fato, é família? O que, de fato, são as relações humanas, quando nós
falamos em acessibilidade e direitos humanos universais? É disso que nós
estamos tratando aqui. E, quando nós tratamos de seres humanos, de seres vivos,
nós temos de começar a aprender, a compreender, a aceitar e nos aculturarmos de
coisas melhores para a sociedade.
Por
isso minha camarada Manuela d’Ávila, quero dizer que vou votar a favor, com
todo o louvor, porque Projetos como esse é que dignificam uma Casa como esta e
Casas como o Senado, com o Projeto do Senador Paim, assim como tantos outros
Projetos que V. Exª vai apresentar lá no Congresso Federal. Nós estaremos aqui
apoiando também e vibrando pelo seu sucesso, porque, com mentalidades, com
práticas como essa, é que a sociedade começa, realmente, a ser civilizada.
Parabéns, com certeza V. Exª tem cem por cento do meu voto! Muito obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O
Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir o PLL nº 129/05 e o
Substitutivo nº 01.
O
SR. ADELI SELL: Sr.
Presidente, Ver. Goulart; colegas Vereadores e Vereadoras, estamos caminhando
bem. Esta Casa, neste ano, tomou para si a responsabilidade de um conjunto de
medidas legislativas que tentam ordenar, disciplinar atividades na Cidade que
saíram, há um bom tempo, completamente fora do controle. Em boa hora, esta Casa
aprovou, Verª Manuela, a cassação de alvarás de empresas que receptam
mercadorias.
Nós
vimos agora, com a Operação Genéricos, o quanto nós estávamos certos com essa
questão. O Secretário Cecchim, inclusive, aplicou a legislação que o Prefeito
sancionou no mês de julho, e, de fato, como disseram as Vereadoras Clênia e
Maristela, nós temos graves problemas, Verª Manuela d’Ávila, que precisam ser
enfrentados. Nós não podemos aceitar a truculência, o desmando, a violência
brutal a pessoas que estão no seu momento de lazer, pessoas que são chutadas,
surradas em alguns estabelecimentos, inclusive já houve casos de mortes.
Nós
tivemos, recentemente, um caso no bairro Cidade Baixa, em que as pessoas, não
contentes com as estripulias feitas dentro do estabelecimento, passaram a
atacar no lado de fora. É claro que existem vândalos, mas tem que separar,
nisso tudo, o joio do trigo. E eu queria lembrar que a Verª Helena Bonumá criou
uma Comissão para tratar dessa questão. Nós verificamos o descontrole de
algumas chamadas “empresas de segurança”.
Eu
acho que, a partir deste Projeto, Vereadora, nós começaremos a discutir a
questão do cadastro das empresas de vigilância, verificando, por exemplo, a
ficha corrida, para saber quem são essas pessoas que estão prestando esse
serviço, pois já tivemos casos concretos de pessoas que tinham uma vasta
história de violência, pessoas que, inclusive, foram presas, que mataram, mas
que estavam trabalhando como segurança. A gente leu nos jornais casos de
foragidos que estavam prestando serviço de segurança. Então, tem que haver um
regramento nisso tudo, para que consigamos ter tranqüilidade, para que um pai
de família possa ter tranqüilidade ao deixar sua filha ou seu filho saírem para
se divertir em um estabelecimento e não serem agredidos. E, quando houver
problema de desordem, que os seguranças, ou vigilantes, trabalhem com
profissionalismo, ou busquem a Segurança Pública, que fará a parte que lhes
cabe, como efetuar prisão, etc., nos casos em que isso deva ser feito. Portanto
nós acompanhamos o Projeto, vamos apoiá-lo. A nossa Bancada está aqui para
votar e aprovar este Projeto. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exmo Sr. Presidente, nobres colegas, a
respeito do Projeto da colega Deputada Federal... Tenho muita honra, muito
prazer de ter sido colega da Vereadora, mas sobre o Projeto, nobre Verª
Manuela, eu, em meu conceito, não concordo em relação ao mérito final. Os argumentos
levantados são todos válidos, realmente nós temos que combater a truculência,
temos que combater tudo isso que foi elencado aqui. Mas acho que não pode
recair lá no final, em cima do capital, do empreendedorismo, daquela pessoa
que, de suas economias, de repente, abriu um restaurante, ou seja lá o que for.
Em
vez de buscarmos os culpados, se é que o serviço é terceirizado, nós devemos
fazer com que esses serviços de segurança sejam de altíssimo nível, nós não
podemos, simplesmente, chegar aqui, antes de tentarmos isso, nobre Vereadora,
cassar o alvará dos nossos empreendedores, os que geram renda, que geram
empregos, isso vai gerar um impacto negativo nos empregos da Cidade também. Eu
entendo da necessidade de termos uma Cidade civilizada, de termos nossos filhos
protegidos, mas acho que temos outros meios, também eficazes, para avançarmos
nessa humanização do trato da cultura da nossa Cidade.
Apenas
lamento que novamente estejamos legislando aqui e querendo colocar em cima dos
microempresários e dos empresários o ônus final, uma responsabilidade, onde ele
investe, de repente, os seus últimos recursos, ele paga os seus impostos e é
responsabilizado por uma falha humana, que, às vezes, é caso de Polícia.
A
Sra. Manuela d’Ávila: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Apenas para registrar: na
realidade, o art. 150 da Lei Orgânica do Município já prevê a cassação e não
prevê critério nenhum, ou seja, hoje nós estamos reféns da interpretação ou da
vontade de um eventual Secretário. Eu tenho uma ótima relação com o Secretário
Cecchin; hoje é ele, amanhã poderá ser outro. Portanto acho que temos que
garantir que existam regras claras. Acho que, quanto aos empresários - e o
senhor sabe que eu tenho uma convivência muito harmoniosa com eles, fundamentalmente
os que prestam serviços, várias vezes já conversamos com eles, junto com a Verª
Maristela, com o Ver. Ervino e outros -, todos eles concordam no sentido de
haver regras claras, de serem, na primeira vez, notificados, podendo, como
empreendedores, tomar a sua atitude, coordenar o seu negócio e, na segunda,
sim, serem penalizados de fato, é melhor do que ser refém de uma lei ampla como
a que temos hoje, que não estabelece critérios claros. Muito obrigada pelo
aparte.
O
SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Agradeço
os esclarecimentos, nobre colega, mas continuo achando que as soluções podem
ser outras, para levarmos isso a bom cabo. Se eu fosse um proprietário, estou
longe disso, mas, se eu fosse um proprietário, e um segurança da minha empresa
cometesse qualquer ato que o desabonasse, qualquer ato, talvez nem de agressão,
ele seria substituído, com certeza. Aí eu daria a primeira advertência.
Substituiria esse cidadão por outro cidadão que, na minha concepção, na
concepção social, fosse idôneo. Se ele viesse novamente a cometer esse mesmo
ato, todo o meu empreendimento, todo o meu negócio, toda a minha atenção com os
meus fregueses estariam terminados, e o alvará seria executado. Eu louvo a
iniciativa de humanizarmos essa relação, acho que nós temos que preservar a
iniciativa de empreender, de buscar o progresso, de manter os empregos, de
buscar as rendas, mas dando, em contrapartida, mecanismos eficientes,
mecanismos da lei que possam coibir esses acontecimentos. Obrigado, Sr.
Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
Obrigado.
O
Ver. Professor Garcia está com a palavra para discutir o PLL nº 129/05 e o
Substitutivo nº 01.
O
SR. PROFESSOR GARCIA: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, primeiro queremos parabenizar a Verª Manuela,
uma jovem Vereadora que tem uma identificação com esse público, mas nós, que
trabalhamos com Educação, já tivemos inúmeros depoimentos, Vereadora e Deputada
eleita Manuela, de pessoas que, num determinado momento, perderam o seu comando
e acabaram sendo agredidas por determinados seguranças. Então, a coisa é muito
mais grave do que se pensa. E, se nós começarmos a ter um olhar diferente,
podem ter a certeza... A grande maioria dos jovens talvez não tenham sido
vítimas, mas conhecem pessoas que foram vítimas nessa situação. É importante a
possibilidade de trazer à tona um debate que ocorre sistematicamente, todos os
dias, não só no Município de Porto Alegre, mas no nosso País, e ainda não há
regras claras especificamente sobre isso.
Segundo,
não existe um controle prévio de quem faz a segurança nesses lugares, se essas
pessoas realmente estariam habilitadas ou não, mas, ao mesmo tempo, sabemos
que, se uma pessoa não tem uma boa formação e é investida naquele título de um
zelador dos demais, muitas vezes ela acaba ultrapassando seus limites, não
consegue fazer uma interlocução e usa de forma indevida a força física, a
truculência. Quem tem filhos jovens sabe que, muitas vezes, ao retornar para
casa, eles referem essas situações. Se pesquisarmos no Pronto Socorro de Porto
Alegre, vamos ver que há inúmeros casos de pessoas que foram vítimas disso, e
também há um outro número de vítimas que acabam não fazendo o que nós
denominamos de BO, o Boletim de Ocorrência.
(Aparte
anti-regimental da Verª Manuela d'Ávila.)
O
SR. PROFESSOR GARCIA: A
Vereadora coloca: “Porque não acontece nada”. Muitas vezes, realmente, não
acontece, mas existem também aqueles familiares que levam essas situações para
uma outra esfera, levam a questão para a esfera judiciária.
Então,
eu quero, mais uma vez, parabenizá-la, primeiro pela oportunidade de trazer a
esta Casa a possibilidade desse debate e, ao mesmo tempo, esclarecer mais a
opinião pública da nossa Cidade sobre esse fato, que muitas vezes parece
invisível, porque ele ocorre de madrugada, mas é algo que ocorre de forma
sistemática, praticamente todos os dias; e, segundo, pela participação efetiva
com esse eleitorado, com o público jovem, sem sombra de dúvida sabemos que V.
Exª é a maior representante desse segmento.
Então,
queremos parabenizá-la, e eu acho que hoje, por ser o último dia, seria um
grande reconhecimento de todos nós, Vereadores, primeiro, pelo mérito e,
segundo, pela ida de V. Exª para uma outra esfera de Poder. Parabéns.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado,
Vereador.
Está
encerrada a discussão. Em votação o Substitutivo nº 01 ao PLL nº 129/05.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO
com voto contrário do Ver. José Ismael Heinen.
Em
votação a Emenda nº 01 ao Substitutivo nº 01 do PLL nº 129/05. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
Verª
Manuela, seu Projeto foi aprovado. (Palmas.)
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com
aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC.
Nº 5497/06 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N. 052/06, que institui Área Especial de Interesse
Social na categoria de AEIS II para fins de regularização do loteamento
denominado “Túnel Verde”, estabelecendo o respectivo regime urbanístico.
Parecer Conjunto:
- da CCJ, CEFOR,
CUTHAB, CEDECONDH e COSMAM. Relator-Geral Ver. Mario Fraga: pela aprovação
do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 14-12-06.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em
discussão o PLE nº 052/06. (Pausa.) O Ver. Raul Carrion está com a
palavra para discutir o PLE nº 052/06.
O
SR. RAUL CARRION: Exmo Ver. Dr. Goulart, nós já fizemos uma ampla
discussão ao debatermos o Relatório das Comissões Conjuntas, portanto vou ser
muito breve.
Eu
queria aproveitar a oportunidade para saudar a presença aqui do Sr. Marino,
Presidente da Associação Túnel Verde. Solicito que V. Sa. se levante. O Sr.
Marino é um grande lutador nessas décadas (Palmas.), para que chegássemos à possibilidade
de votar hoje este Projeto, que criará as condições para a regularização dessa
comunidade tão sofrida, Ver. Elói Guimarães, que há anos luta por isso. Quero
dizer que a Bancada do PCdoB - não vou fazer encaminhamento - apóia este
Projeto do Executivo que, em boa hora, é encaminhado para tentar uma solução,
um cadastramento e futura regularização. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado.
O
Ver. Mario Fraga está com a palavra para discutir o PLE nº 052/06.
O
SR. MARIO FRAGA: Presidente,
Ver. Dr. Goulart; Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, gostaria de me pronunciar no mesmo sentido que se
pronunciou o Ver. Raul Carrion, para fazer uma referência à comunidade do Túnel
Verde, em especial ao Sr. Marino. Depois de toda a correria, de toda sua luta,
junto com aquela comunidade, nós conseguimos aprovar o nosso Relatório e agora
vamos adiante no Túnel Verde e, se Deus quiser, vamos passar para a segunda
etapa, Túnel Verde II, às famílias mais necessitadas.
Gostaria
de fazer referência aos Vereadores Raul Carrion e Carlos Comassetto, que, junto
com este Vereador, trabalharam em cima deste Processo há bastante tempo. E eu,
principalmente, quando da outra vez ainda - o nosso amigo Rogério, que está
aqui hoje -, em 1996, como Presidente da CUTHAB, já estava tratando disso, e o
Sr. Marino já estava na luta. Parabéns à comunidade e em especial ao senhor,
Sr. Marino. Meus parabéns.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado.
O
Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para discutir o PLE nº 052/06.
O
SR. CARLOS COMASSETTO:
Sr. Presidente, Ver. Dr. Goulart; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhores e senhoras
assistentes, quero aqui dizer que este Projeto que estamos votando - estamos
reconhecendo, gravando no mapa da Cidade o Túnel Verde como Área Especial
Institucional Social - é fruto de uma luta muito grande, principalmente daquela
comunidade, representada aqui pelo Sr. Marino. Nesses dois anos de Legislatura,
tivemos a oportunidade de acompanhar o Sr. Marino por oito vezes no Ministério
Público, fazendo as negociações para que pudéssemos, inclusive, votar este
Projeto hoje, Ver. Cassiá. Ele só veio a esta Casa por força do Ministério
Público, porque o Ministério entendeu que uma decisão judicial dada em novembro
de 2004 obrigou o Município a realizar todos os projetos e as obras de
infra-estrutura.
Eu
gostaria de lembrar, Sr. Presidente, que a aprovação desta lei é apenas um
pequeno passo desse processo, e, no acordo do Ministério Público, assim que
aprovarmos a lei e o Sr. Prefeito homologar, em 30 dias o Executivo tem que
apresentar os Projetos de infra-estrutura, ou seja, água, esgoto, pavimentação.
E há um cronograma a ser seguido para os próximos dois anos.
Fazendo
isso, o nosso voto, obviamente, é favorável, mas quero fazer o registro de que
esta Casa tem que ficar não só atenta a esse acordo do Ministério Público como
dando sustentação aos anseios da comunidade para que isso se concretize.
Esperamos que agora, na revisão do Plano Diretor, nós possamos ajudar todas as
outras comunidades que precisam ter o seu regime trocado para Área Especial de
Interesse Social, para que a regularização seja um avanço muito grande na
cidade de Porto Alegre. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O Ver. Cassiá Carpes está com a palavra para
discutir o PLE n° 052/06.
O
SR. CASSIÁ CARPES: Sr.
Presidente, Ver. Dr. Goulart; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, senhoras e senhores, vou ser
breve, até para agilizarmos a votação deste Projeto. Quero saudar o Sr. Marino,
que conheci quando Secretário. Conheci diretamente, na sua comunidade, as suas
lutas, ele sempre abnegado, sempre independente de Partido político. Quero
dizer que esta Casa se sente muito satisfeita em ver essa agilidade, quero
saudar o Ministério Público, que, parece-me, está tendo uma compreensão maior e
uma melhor integração com a Procuradoria-Geral do Município, com os órgãos do
Município, agilizando esses processos.
Há quinze anos esse processo vem se arrastando, portanto é um processo que atingiu a adolescência, partindo para outra etapa, e o Sr. Marino o acompanhou com muita dedicação, com muita luta! E a gente nota que as comunidades que mais lutam são as que mais conseguem. Sr. Marino, meus parabéns pela sua luta! Eu só peço uma coisa ao senhor: que não entre em Partido político, continue a sua luta para a comunidade, lutando independente de Partido. Isso vai dar uma conotação de comunidade, onde os órgãos públicos têm obrigação, independente de Partido político. Então, meus parabéns, essa é uma luta de quinze anos, mas me parece que agora o senhor está vendo uma luz no fim do túnel. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): A Verª Maristela Maffei está com a palavra para
discutir o PLE n° 052/06.
A
SRA. MARISTELA MAFFEI: Sr.
Presidente, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, senhoras e senhores, ao contrário do meu colega
Ver. Cassiá Carpes, eu quero dizer que esse grande líder, eu lembro, quando eu
estava presidindo a CUTHAB, bem antes já fazia essa luta junto com a comunidade
e já está pronto para ser candidato a Vereador. Mostrou competência; se quiser
assinar ficha conosco, será bem-vindo, porque o senhor mostrou capacidade
política de organização e elaboração junto com a comunidade. Será muito
bem-vindo para discutirmos politicamente, Sr. Marino.
Quero
dizer que essa é uma conquista, porque é assim que nós entendemos o compromisso
e a autonomia dos movimentos sociais que mantêm uma relação política com o
Legislativo, com o Executivo. Agora, está aqui um exemplo do que é um trabalho
participativo, de cidadania, de autonomia da sociedade, o qual agora nós vamos
votar. O PSB votará favoravelmente, com muita honra, Sr. Marino, nosso líder
comunitário e, quem sabe, futuro Vereador desta Cidade. Muito obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
Em votação o PLE nº 052/06. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Eu
consulto o Plenário se eu posso fazer a votação em bloco dos Títulos de
Cidadão, citando, simplesmente, todos os títulos de Cidadão e depois colhendo
uma única votação. Estão de acordo? (Pausa.) Está acordado por todos os
Vereadores.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N. 5600/06 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 232/06, de autoria do
Ver. Professor Garcia, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto
Alegre ao Professor Irmão Valério Menegat.
Parecer Conjunto:
- da CCJ e CECE. Relator-Geral
Ver. Ibsen Pinheiro: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável de dois
terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2.º, V, da LOM;
- votação nominal nos termos do art. 174,
II, do Regimento da CMPA.
- incluído na Ordem do Dia
em 14-12-06.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N. 4608/06 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 199/06, de autoria do
Ver. Luiz Braz, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao
Empresário Jorge Sirena Pereira (Dody Sirena).
Parecer Conjunto:
- da CCJ e CECE. Relator-Geral
Ver. Ibsen Pinheiro: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável de dois
terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2.º, V, da LOM;
- votação nominal nos termos do art. 174,
II, do Regimento da CMPA.
- incluído na Ordem do Dia em 14-12-06.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N. 4455/06 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 194/06, de autoria da
Ver.ª Maria Celeste, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre
ao Padre José Antonio Heinzmann.
Parecer Conjunto:
- da CCJ e CECE. Relatora-Geral
Ver.ª Manuela d'Ávila: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável de dois
terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2.º, V, da LOM;
- votação nominal nos termos do art. 174,
II, do Regimento da CMPA.
- incluído na
Ordem do Dia em 14-12-06.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N. 5209/06 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 222/06, de autoria do
Ver. Dr. Goulart, que concede o título honorífico de Cidadão Emérito de Porto
Alegre ao Senhor José Antonio Antonioni.
Parecer Conjunto:
- da CCJ e CECE. Relator-Geral
Ver. Ibsen Pinheiro: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável de dois
terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2.º, V, da LOM;
- votação nominal nos termos do art. 174,
II, do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia em 14-12-06.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
Em
discussão o bloco dos Projetos de Títulos de Cidadão: PLL nº 232/06, PLL nº
199/06, PLL nº 194/06 e PLL nº 222/06. (Pausa.) Vou passar a presidência neste
momento para o Ver. Ervino Besson, porque o último Projeto é de minha autoria.
(O Ver. Ervino Besson assume a presidência dos
trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): Não há quem
queira discutir o bloco dos Projetos de Títulos de Cidadão. Em votação.
(Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO o bloco dos Projetos, por
32 votos SIM.
(O Ver. Dr. Goulart reassume a presidência dos
trabalhos.)
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N. 4040/06 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 175/06, de autoria da
Ver.ª Sofia Cavedon, que declara de utilidade pública a Associação Cultural e
Beneficente Ilê Mulher.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Valdir Caetano: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CEFOR. Relator
Ver. Luiz Braz: pela aprovação
do Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. Haroldo de Souza: pela
aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia por força do
art. 81 da LOM, em 14-12-06.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC.
N. 3743/06 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N. 023/06, que declara de
utilidade pública a Sociedade Espírita Amor do Mestre Jesus.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Valdir Caetano: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CEFOR.
Relatora Ver.ª Maristela Meneghetti: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relatora
Ver.ª Manuela d'Ávila: pela aprovação do Projeto;
- da CEDECONDH.
Relatora Ver.ª Margarete Moraes: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia por força do
art. 81 da LOM, em 14-12-06.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em discussão
o bloco dos seguintes Projetos: PLL nº 175/06 e PLE nº 0023/06. (Pausa.) Não há
quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO o bloco dos Projetos.
DISCUSSÃO
GERAL E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. N. 5495/06 – PROJETO DE LEI
COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO N. 013/06, que estabelece normas para a
regularização dos prédios existentes do Complexo Hospitalar Ernesto Dornelles,
localizado na Av. Ipiranga nº 1801 e dá outras providências.
Parecer
Conjunto:
-
da CCJ, CEFOR, CUTHAB e COSMAM. Relator-Geral Ver. Claudio Sebenelo: pela aprovação do
Projeto.
Observações:
- para
aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art.
82, § 1º, I, da LOM.
- incluído na
Ordem do Dia em 14-12-06.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em discussão o PLCE nº 013/06. (Pausa.) Não há quem queira discutir.
Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.)
APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC.
N. 5335/06 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO N. 011/06, que dispõe
sobre a criação e organização, no âmbito da Administração Centralizada da
Prefeitura de Porto Alegre, do Sistema Municipal de Proteção e Defesa dos
Direitos do Consumidor - SMDC, do Serviço de Proteção e Defesa dos Direitos do
Consumidor - PROCOM/PMPA, do Conselho Municipal de Proteção e Defesa dos
Direitos do Consumidor - CONDECON e do Fundo Municipal de Direitos Difusos e dá
outras providências. Com Emenda nº 01.
Parecer Conjunto:
- da CCJ, CEFOR, CUTHAB
e CEDECONDH. Relator-Geral Ver. Adeli
Sell: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável da
maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 82, § 1º, I, da LOM.
- incluído na Ordem do Dia em 14-12-06.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em discussão o PLCE nº 011/06. (Pausa.) O
Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir o PLCE nº 011/06.
O
SR. ADELI SELL: Sr.
Presidente, Ver. Dr. Goulart; colegas Vereadores, Vereadoras, cidadãos e
cidadãs, eu discuto este Projeto por dever de ofício, fui incumbido de fazer a
relatoria deste Projeto, que cria o Procon Municipal, cria o Conselho, cria o
Fundo. E, como eu já disse na Reunião Conjunta das Comissões, finalmente
conseguimos. Fiz, inclusive, um apanhado histórico do debate
sobre o Procon em Porto Alegre. Resgatei a iniciativa legislativa da Verª
Clênia Maranhão, que apresentou o Projeto, depois ele foi aprovado, vetado,
havia toda uma discussão sobre a dificuldade de a Prefeitura manter esse órgão,
até porque havia o Procon Estadual. Esse tema se discute há mais de dez anos.
Depois, a Prefeitura, Ver. Cassiá, foi chamada ao Ministério Público, quando
nós estávamos na Secretaria, representando o Prefeito João Verle, eu e o
Secretário Gerson Almeida assinamos um termo de ajustamento de conduta e
montamos uma Comissão que elaborou, a partir do Executivo, em discussão com o
Fórum Estadual de Defesa do Consumidor...
Mesmo sem a presença do Santini e de algumas
pessoas desse Fórum, eu queria fazer uma menção especial ao Fórum Estadual de
Defesa do Consumidor, que teve um papel importante, assim como um conjunto de
juristas. Aqui eu queria destacar em especial as advogadas do curso de Direito
da UniRitter, que tiveram um papel importante, porque têm especialização na
Defesa do Consumidor; destaco os servidores da Prefeitura, em especial da SMIC,
da PGM, da Secretaria de Governo, e tantos e tantos outros funcionários que se
empenharam, nas últimas gestões, para que hoje a gente pudesse ver aqui
aprovado o Projeto que cria o Procon Municipal.
O Procon Municipal atenderá as pessoas de Porto
Alegre e a quem adquirir produtos daqui. Funcionará, portanto, como uma
primeira instância, e o Estadual cuidará das demandas que vão para uma segunda
instância, quando não resolvido nos Procons Municipais. Ver. Elói Guimarães,
são quase mil Procons Municipais no Brasil. Dessa vez, Porto Alegre não foi
vanguarda, mas pode redimir-se disso, porque há um Projeto com um arcabouço
jurídico bastante consolidado, com a apresentação de um conselho bem
“abotoado”, como se diz por aqui. E é importante que tenhamos o Fundo Municipal
de Direitos Difusos. Todas as multas, por exemplo, que o Ministério Público
Federal aplicou aqui no Delta, só para dar um exemplo, foram para o Fundo
Nacional, e o problema era aqui.
Poderia ter sido aplicado aqui; agora será aplicado aqui no Fundo Municipal dos
Direitos Difusos, Ver. Todeschini.
Então,
eu acredito que hoje nós vamos marcar na história deste Estado o dia 14 de
dezembro, e o dia 15 de março é o Dia do Consumidor, nós aprovamos na semana
passada aqui que estará no calendário oficial o 15 de março como o Dia do
Consumidor em Porto Alegre. Até o dia 15 de março do ano que vem, nós esperamos
que o Procon esteja montado. Inclusive o Projeto complementar a este, que cria
três CCs e garante nove FGs também teve, da nossa parte, um Parecer favorável.
Portanto,
eu queria aqui reiterar tudo que foi escrito no Relatório, Verª Manuela
d’Ávila, sobre a importância deste momento para Porto Alegre, quando da criação
do Procon Municipal, não se cria apenas o arcabouço dessa nova estrutura, mas
também um Conselho que, na minha opinião, com algumas Emendas, inclusive uma do
Ver. Carrion, que eu lembro, qualificam essa estrutura.
Além
disso, quero enfatizar a importância do Fundo Municipal de Direitos Difusos,
cujas multas terão, sem dúvida nenhuma, um destino mais correto, podendo ser
aplicadas diretamente na Defesa do Consumidor em Porto Alegre. Finalmente, Ver.
Bernardino, como demonstrou a Comissão de Averiguação da Prestação dos Serviços
de Telefonia Móvel, que V. Exª dirigiu, e eu tive o prazer de ser o Relator, o
Procon atende 25% de problemas apenas na telefonia fixa e móvel. É, sem dúvida
nenhuma, a primeira e grande justificativa, Vereadores e Vereadoras, colegas,
senhores e senhoras, para aprovarmos esta lei. Muito obrigado, espero o voto de
todas e de todos.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O
Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para discutir o PLCE nº 011/06.
O SR. CARLOS TODESCHINI: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, público presente,
como Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor e como
cidadão também deste Brasil, deste Estado, desta Cidade, vemos a sociedade como
uma sociedade de direitos, e ela deve alargar as possibilidades do exercício
dos direitos de cidadania. O direito do consumidor, muitas vezes, está incluído
nos direitos difusos do cidadão, direitos que são muito amplos, são bastante
largos, eles são uma necessidade e uma imposição cotidiana. Raros são os dias
em que não sofremos algum tipo de agressão, algum tipo de violência ou algum
tipo de abuso.
É
muito importante essa iniciativa da SMIC, do Executivo, das construções, dos
acúmulos, é muito importante para que se tenha agora, aqui neste ato, com a
aprovação do Projeto enviado à Câmara, a instituição da regulamentação da
defesa dos direitos do consumidor. A maior dificuldade, o maior problema que
temos é a disposição, é a disponibilidade de mecanismos, de garantias dos
direitos da cidadania. Então, essa matéria vem em boa hora, ela é um passo a
mais. Nós, neste País, ainda temos muito pouca tradição de garantia de
direitos, de garantia de defesa dos interesses do consumidor. Mas é preciso
que, junto com a lei, se desenvolva a cultura de cidadania, a cultura de
garantias, a cultura da busca dos direitos.
A
gente conta com alguns instrumentos: a Delegacia do Consumidor, o Ministério
Público, as Comissões das Câmaras Municipais, mas é importante que se agregue
também este elemento, que envolve a municipalidade na instituição de normas e
regras que devem ser observadas e cumpridas para o bom desenvolvimento e para a
melhoria de toda a cidadania.
O
SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr.
Presidente, Ver. Dr. Goulart; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, o presente Projeto de Lei de iniciativa do
Executivo é extremamente importante, mormente para uma Cidade Capital, para um
Município da importância política, da importância social e econômica que tem
Porto Alegre. Por certo, mesmo que tenhamos, mesmo possuindo um excelente nível
nas nossas atividades civis e comerciais, o instrumento que será posto à
disposição da população goza, no Brasil, de um grande prestígio, que são os
Procons. Nós temos o Procon Estadual; e aproveito a oportunidade para saudar o
Procon Estadual, até na figura do seu atual Diretor, o Appel, que, segundo
informações da própria imprensa, realiza um excelente serviço na prestação da
sua atividade; evidentemente, com poucos recursos. Então, é importante que,
quando se está construindo o Procon em Porto Alegre, entreguemos a ele os
instrumentos e os meios humanos e materiais para poder cumprir as finalidades
estabelecidas no texto da lei. Assim estaremos cumprindo, Ver. Luiz Braz, um
dos princípios fundamentais da democracia: exatamente colocando os mecanismos,
os instrumentos fiscalizatórios à mão da população, para que, quando surjam
pequenos conflitos - pequenos, na forma de colocar, mas importante para as
pessoas -, haja esse instrumento eficaz e com credibilidade, que são os
Procons.
A
democracia é um regime que hoje se implanta no mundo, e não se inventou melhor,
mesmo com todas as suas dificuldades, só que nós temos que ir descobrindo a
democracia, implementando os instrumentos que são da democracia: o processo de
fiscalização e de controle sobre as atividades, mormente as atividades de
mercancia. Esse processo de controle é exatamente um dos vigorosos instrumentos
da democracia.
Então,
nós queremos cumprimentar por toda uma luta que veio se desenvolvendo ao longo
do tempo, inclusive liderada por mulheres, por muitas mulheres, muitas líderes
mulheres, que, ao longo do tempo, atuando em diferentes áreas do mercado,
supermercados e tal, foram criando um patamar, chamando a atenção para a
importância do processo de controle e fiscalização. Trata-se de um bom Projeto,
para o qual se faz necessário alocar meios, instrumentos, espaços, espaços de
ordem material, funcionários, para que eles possam dar cobro a uma função tão
importante quanto a de preservar aquilo que o comprador tem direito, direito de
receber o produto nas condições pactuadas, sob qualquer aspecto de preço, de
qualidade e de segurança.
Portanto,
fica aqui, Presidente, a nossa manifestação, participamos de vários atos, de
diferentes atos, de movimentos na criação do Procon, e agora se concretiza aqui
o Projeto encaminhado pelo Executivo Municipal. Entrega-se esse instrumento às
mãos do cliente, às mãos do consumidor, enfim, às mãos daquelas pessoas que,
com seus esforços, com seus recursos, adquirem os bens e mercadorias. Obrigado,
Sr. Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Neste
momento, fazemos a nossa saudação à Presidenta da Câmara Municipal de Santa
Maria, Verª Anita Costa Beber, que está acompanhada pelo Secretário da Fazenda,
o Tesoureiro Estadual do PL, Antônio Alves. (Palmas.)
O
Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir o PLCE nº 011/06.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr.
Presidente, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, eu não havia pedido inscrição, no entanto acho o
Projeto muito bom, ele deve ser votado por unanimidade, e não vejo por que
tantos discursos para dizer a mesma coisa. Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O
Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra para discutir o PLCE nº 011/06.
O
SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr.
Presidente, Ver. Dr. Goulart; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, público que nos assiste, o
Projeto do Procon Municipal finalmente chega a esta Casa. Eu lembro que no ano
de 2005 nós já discutimos muito isso lá na Comissão de Defesa do Consumidor, da
qual fizemos parte, a Comissão era presidida naquela época pelo Ver. Ervino
Besson. E já naquele momento
nós sentimos a necessidade, Verª Maria Celeste e Verª Margarete Moraes, que
também faziam parte da Comissão, de ver o Procon Municipal funcionando aqui na
Capital.
Todos nós sabemos que existe Justiça gratuita, mas o Judiciário tem o
seu rito normal, e se faz necessário, sim, o Procon Municipal, porque ele pode
agir na hora, pode agir no momento em que o reclamante sentar na frente do
atendente, o reclamante pode pegar o telefone, ligar para a empresa e tentar
resolver. Por isso o Procon Municipal vai ter uma função fundamental nos
conflitos que são normais nas relações comerciais e de serviço, enfim, de um
modo geral.
Estamos aqui trazendo duas Emendas, com as quais pretendemos dar assento
ao mercado imobiliário de um modo geral, porque a relação de conflito com esse
segmento é muito grande. Estamos buscando a defesa de dois assentos: do
Conselho Regional dos Corretores e também da Agademi/Secovi, porque a relação
com a casa própria, com as locações, a relação com os condomínios é muito
grande, e a demanda no Procon Municipal voltada para essas duas áreas
praticamente são as mesmas; são as que dizem respeito ao mercado imobiliário, à
casa própria de um modo geral, essa demanda vai ser muito grande. Por isso se
faz necessário que lá estejam técnicos, pessoas que tenham conhecimento para
melhor interpretarem as reclamações.
O que nós mais sentíamos ali no Judiciário, no
Juizado de pequenas causas - agora não tanto, mas principalmente no início -, é
que as pessoas aceitavam qualquer tipo de reclamação, muitas vezes sem
conhecimento. Porque é normal um órgão, quando se constitui - como foram os
Juizados Especiais à época -, atender a todos os segmentos. É complicado para
um profissional, mesmo detentor de conhecimento na área jurídica, conhecer os
segmentos de um modo geral. Por isso o Procon, na medida em que traz
representantes profissionais de todos os segmentos profissionais da sociedade,
vai ser, sim, um órgão que vai resolver os conflitos com conhecimento de causa.
Por isso apostamos, por isso vamos votar e trabalhar para que este Projeto seja
aprovado, porque, acima de tudo, vai agilizar, dar respostas mais objetivas e
mais rápidas para os conflitos comerciais, enfim, para os conflitos de um modo
geral que ocorrem com os consumidores. Obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O Ver. Ervino
Besson está com a palavra para discutir o PLCE nº 011/06.
O SR. ERVINO BESSON: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, senhoras e senhores que nos acompanham
pelo Canal 16 da TVCâmara, eu queria saudar a todos.
Em 2005, quando presidi a Comissão de Defesa do
Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana, ficamos sabendo que a Verª
Clênia Maranhão já tinha, por alguns anos, um Projeto aqui na Casa no sentido
de que fosse criado o Procon Municipal. A Comissão, formada pelos Vereadores
Bernardino Vendruscolo, Maria Celeste, Clênia Maranhão, Margarete Moraes,
Maurício Dziedricki, juntamente com este Vereador, foi até à SMIC para uma
reunião com o Secretário Idenir Cecchim. De pronto, o Secretário gentilmente
nos atendeu, como sempre. Iniciou-se um trabalho juntamente com o Executivo
Municipal, no qual destacamos também o belo trabalho do Dr. Santini, e com o
próprio Ministério Público, para que fosse criado o Procon Municipal. No
decorrer desse período, um ano e pouco, outros Vereadores também se envolveram,
como o Ver. João Antonio Dib, a bem da verdade, e achamos por bem que o
Executivo Municipal enviasse este Projeto, com a concordância da Verª Clênia
Maranhão, porque ela foi a primeira a entrar com o Projeto aqui na Câmara. Ela
costurou juntamente com o Executivo Municipal e com os Vereadores, e agora o
Executivo enviou para cá este Projeto de Lei, que votaremos daqui alguns
minutos.
Entendo que o Procon Municipal deveria ser criado
há muito mais tempo para nossa Porto Alegre. É um órgão fiscalizador, e a
população necessita sem dúvida nenhuma, até por ser uma exigência de Lei
Federal, as Capitais são
obrigadas a ter um Procon Municipal. Hoje, graças a Deus, depois de uma
negociação, depois de muita discussão, depois de um grande apoio de vários
Vereadores, de várias reuniões que nós tivemos, o Procon Municipal já é
realidade na nossa Porto Alegre.
E
dá para sentir a falta que faz o Procon Municipal aqui em Porto Alegre. Numa
criação da Comissão Especial, criada pelo nobre colega Ver. Bernardino
Vendruscolo, deu para sentir a falta do Procon, não é, Ver. Bernardino? Deu
para sentir. No próprio Ministério Público, os Promotores colocaram a falta que
está fazendo o Procon Municipal aqui em Porto Alegre. Um órgão em que as
pessoas tenham condições rápidas de ver atendidas as suas reivindicações, as
suas reclamações, porque o Procon Estadual tem muito trabalho, não tem
condições de atender a demanda da população.
Creio
que hoje a Cidade recebe mais um prêmio: a criação do Procon Municipal, que
trará grandes benefícios, sem dúvida nenhuma, para a nossa população de Porto
Alegre. Quando a população necessita fazer as suas reclamações, hoje, é
difícil. Temos o Procon Estadual, sim, que presta um relevante trabalho, mas a
sua carga de trabalho é demasiada. E daqui a poucos dias teremos, sim, esse
órgão funcionando. É mais uma vitória para a Cidade, é mais um bem para a
população de Porto Alegre. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
Obrigado, Vereador.
Em
votação o Requerimento, de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo, solicitando
a dispensa do envio das Emendas nºs 01, 02, 03 e 04 ao PLCE nº 011/06 à
apreciação das Comissões. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO.
O
Ver. Professor Garcia está com a palavra para discutir o PLCE nº 011/06.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, com relação a este Projeto
do Executivo, que cria o Procon - e alguns Vereadores já se manifestaram sobre
ele -, a Verª Clênia já havia apresentado nesta Casa um Projeto que depois foi
vetado.
Os
Vereadores falaram sobre a importância do Procon, e eu não vou me deter nisso, porque
sabemos da sua importância. Eu quero falar sobre a criação do Conselho
Municipal de Proteção e Defesa dos Direitos do Consumidor, juntamente com a
criação do Procon, pois esse Conselho terá o poder de fazer uma interação com
as diversas associações representativas, com as diversas comunidades, na
questão da interface entre o Procon Estadual, o Procon Municipal - porque Porto
Alegre, muitas vezes, se confunde nisso - e as diversas entidades
representativas.
Eu
quero chamar a atenção para um detalhe que ainda não foi falado, que eu julgo
ser da maior importância: está prevista a inclusão, no currículo do Ensino
Fundamental, do tema Educação para o Consumo, de forma a possibilitar a
informação e formação de uma mentalidade nas relações de consumo. Então, eu
acho que esse é o grande diferencial do Procon que está sendo proposto. Sabemos
da dificuldade de colocarmos, nos currículos escolares, alguma disciplina. E
aqui, de forma pontual, está prevista essa possibilidade; a partir da aprovação
deste Projeto, ou seja, a partir do próximo ano, será incluído, nas escolas de
Ensino Fundamental de Porto Alegre, o tema Educação para o Consumo.
Isso
é muito importante, porque nós sabemos que, cada vez mais, esse mundo moderno é
o mundo do consumo. E, muitas vezes, esse consumo é feito de forma impulsiva,
doentia, fazendo com que muitas pessoas, às vezes, não consigam mais sair
desse, vamos usar o termo, buraco, em função do consumo excessivo, o que faz
com que elas contraiam mais dívidas. Então, quando existe a possibilidade de se
criar, nos jovens adolescentes, essa inserção e, ao mesmo tempo, a valorização
de saber de que forma deve consumir, sabendo os seus direitos, os seus deveres,
as suas representatividades, eu acho que este é o grande tema deste Projeto do Procon,
qual seja, a inclusão da disciplina Educação para o Consumo. Porto Alegre,
podem ter a certeza, está dando um salto de qualidade para a criação de uma
nova mentalidade em cima da nossa população.
Portanto, queremos parabenizar o Governo Municipal
por esta iniciativa e as entidades representativas no seu todo, que fizeram
essa discussão, parabenizar pela criação do Procon, pela criação do Conselho e
pela inclusão da disciplina Educação para o Consumo. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O Ver.
Sebastião Melo está com a palavra para discutir o PLCE nº 011/06.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr.
Presidente, a pedido do Ver. Nedel, eu não vou usar os cinco minutos. Aceitei o
requerimento. Eu quero apenas deixar aqui uma rápida manifestação, Presidente.
Primeiro, quero dizer que esta é uma matéria recorrente, ela não pode ser
depositada exclusivamente a um Vereador desta Casa, a uma Liderança isolada.
Mas acho que a Verª Clênia tem um grande mérito sobre esta questão, porque, ao
longo dos seus mandatos como Vereadora, eu sempre a vi pontear este debate.
Então, queria cumprimentá-la, Verª Clênia, porque a posição de V. Exª, como
Líder do Governo, foi decisiva, pois esta é uma matéria que dependia de remessa
do Executivo. E assino todos os discursos que me antecederam. Creio que temos
uma longa caminhada sobre a questão da defesa do consumidor. Nós temos, no
Brasil, uma boa lei, que é o Código de Defesa do Consumidor, mas entre a boa
lei e a realidade...
E o exemplo está aqui na Av. Senador Salgado Filho,
essa Empresa BrasilTelecom, realmente, tem prestado maus serviços à sociedade.
Cá para nós, desde a Internet, que você tem que ligar - e fica meia hora -,
depois vão a tua casa, chegam lá e não encontram, cai a rede, e fica por isso
mesmo. Eu próprio já estou decidido: vou botar na Justiça a questão da Internet da minha
casa, não quero mais discussão nenhuma. Então, eu acho que o Procon Municipal
vem ao encontro - não é de encontro, porque senão bate - de uma grande
necessidade que esta Cidade tem nas relações de consumo.
O
Sr. Carlos Todeschini: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Quero corroborar com o seu
pronunciamento, especialmente em relação à telefonia fixa, porque nós fizemos
uma audiência neste ano e descobrimos que, no Rio Grande do Sul, depois de
descontados os impostos, somente com a taxa fixa, se nenhum gaúcho der nenhum
telefonema, a BrasilTelecom arrecada 1 bilhão de reais dos gaúchos, depois de
pagarem os impostos. E os serviços são de péssima qualidade, e essa arrecadação
é feita a título de universalizar os serviços de telefonia, e assim é a campeã
em reclamações. Então, corroboro com o seu pronunciamento sobre esse caso.
O
SR. SEBASTIÃO MELO: Aliás,
digo mais, Ver. Todeschini: eu vou falar o milagre sem falar o santo, mas tinha
gente do Procon Estadual com patrocínio da BrasilTelecom: durante o dia atendia
os consumidores e, durante a noite, tinha programa de televisão patrocinado
pela BrasilTelecom. Então, quero dizer o seguinte: meus cumprimentos - não vou
usar os cinco minutos, Ver. Nedel -, acho que é um tema importante para a
Cidade, acho que é um avanço, tem que se dar estrutura, mas, acima de tudo, nós
temos que fazer muita campanha educacional para que o cidadão compre bem,
fiscalize, faça mudar e “quebrar espelhos”, porque realmente essa relação de
consumo é muito importante. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em
votação o PLCE nº 011/06. (Pausa.) Não há quem queira encaminhar. Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Em
votação a Emenda n° 01 ao PLCE nº 011/06. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
Em
votação a Emenda n° 02 ao PLCE nº 011/06. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
Em
votação a Emenda n° 03 ao PLCE nº 011/06. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
Em
votação a Emenda n° 04 ao PLCE nº 011/06. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que
a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC.
N. 5343/06 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N. 049/06, que cria
Cargos em Comissão e Funções Gratificadas na Administração Centralizada do
Município, e dá outras providências. (PROCON)
Parecer Conjunto:
- da CCJ, CEFOR e
CUTHAB. Relator-Geral Ver. Adeli
Sell: pela aprovação do Projeto.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art.
82, § 1º, III, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia em 14-12-06.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em discussão o PLE nº 049/06. (Pausa.) Não há quem
queira discutir. Em votação. (Pausa.) A Verª Clênia Maranhão está com a palavra
para encaminhar a votação do PLE nº 049/06.
A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Sr.
Presidente, eu procurarei ser extremamente rápida, porque temos muitos Projetos
para votar. Eu fiz questão de fazer o encaminhamento porque essa história do
consumidor faz parte da minha história política, inclusive antes de eu ser
Vereadora, quando trabalhava nas Organizações Não-Governamentais, no Movimento
de Mulheres. Tenho treze anos de mandato, e um dos primeiros Projetos de Lei
que apresentei nesta Casa foi exatamente a criação de um Procon Municipal. Hoje
eu tenho a alegria de ver isso acontecendo exatamente no Governo José Fogaça,
no momento em que sou Líder do Governo aqui na Câmara. Nós estamos aprovando
este Projeto de Lei, que vem da sociedade civil organizada, que vem de uma
necessidade objetiva e real das pessoas de nossa Cidade.
Então, eu acho que estamos todos de parabéns nesta
Casa pelas discussões suprapartidárias que aqui fizemos sobre esse tema, porque
a luta dos consumidores é a luta de todos nós. Acho que a Cidade está de
parabéns pela conquista desse instrumento de garantia dos direitos dos
consumidores do nosso Município.
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado,
Vereadora.
O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra
para encaminhar a votação do PLE nº 049/06.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO:
Vereador-Presidente Dr. Goulart, quero apenas dizer que, quando presidimos a
Comissão de Averiguação da Prestação dos Serviços de Telefonia Móvel, em todos
os momentos, nós sentimos a necessidade do Procon Municipal. A telefonia móvel
em Porto Alegre se confirmou no decorrer dos trabalhos da Comissão como um serviço de baixa qualidade
prestado aos consumidores. E o Procon Municipal certamente vai fazer esse
reparo na medida do possível.
Quando
eu fiz o meu primeiro pronunciamento aqui, Verª Clênia Maranhão, omiti seu
nome; na Comissão, a CEDECONDH, em 2005, a senhora já fazia referência a um dos
seus primeiros Projetos nesta Casa, que foi o Projeto do Procon Municipal, que,
infelizmente, na oportunidade, não foi aprovado. Então, para fazer justiça à
Verª Clênia, eu venho reforçar que nós, em 2005, Presidente, já fazíamos
registro da necessidade do Procon Municipal, e a Verª Clênia já trazia um histórico
todo. É nesse sentido que gostaríamos de fazer essa referência, porque não é
justo omitirmos o nome de um Parlamentar, quando ele tem um trabalho já gravado
e com um histórico bastante grande como é o caso da Verª Clênia na construção
deste Projeto de defesa do consumidor. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em
votação o PLE 049/06. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO.
Estão
suspensos os trabalhos.
(Suspendem-se
os trabalhos às 16h59min.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart - às 17h45min): Estão reabertos os trabalhos.
Apregoamos
a Emenda nº 01 ao PLL nº 134/06. Apregoamos as Emendas nºs 01, 02, 03, 04, 05,
06 ao PLE nº 043/06.
Srs.
Vereadores, faço um apelo para que votemos todos estes Projetos ainda hoje,
eles são no total quinze Projetos, peço uma redução no encaminhamento das
votações.
A
SRA. CLÊNIA MARANHÃO (Requerimento): Sr.
Presidente, nós temos Projetos importantíssimos para votar hoje, temos quinze
Projetos, e eu queria consultar os Líderes e V. Exª, se houver acordo, se
podemos ir direto aos encaminhamentos dos Projetos finais.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Se
o Plenário entender que podemos só encaminhar os Projetos, sem discussão, seria
uma solução de redução dos encaminhamentos.
A
SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Presidente,
com exceção do Projeto da OSPA, eu acredito que todo o mundo deseja discuti-lo
antes de votar, pois é um Projeto muito importante para a Cidade.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O
Presidente acolhe porque imaginava desse jeito. Todos os outros Projetos serão
apenas encaminhados por Bancadas, e sobre o da OSPA, sim, nos debruçaremos mais
um pouco.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. N. 5726/06 –
PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 098/06,
de autoria da Mesa Diretora, que concede o Prêmio Mulher em Ação à Senhora
Dione Peña Zanatta, na área A Mulher na Educação; à Senhora Neusa Selma Lyrio
Heinzelmann, na área A Mulher na Saúde; à Senhora Eva Atanaides Rodrigues, na
área A Mulher os Direitos Humanos, à Senhora Leila Regina Lopes, na área A
Mulher na Política, e à Senhora Iara de Fátima Bueno da Rosa, na área A Mulher
na Comunidade.
Parecer Conjunto:
- da CCJ e CECE. Relator-Geral
Ver. Ibsen Pinheiro: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
em 14-12-06.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em discussão o
PR nº 098/06. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N. 5558/06 – PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 093/06, de autoria da Mesa Diretora, que
cria e extingue funções gratificadas no Quadro de Cargos em Comissão e Funções
Gratificadas estabelecido pelo art. 20 da Lei nº 5.811, de 08 de dezembro de
1986, e alterações posteriores, que estabelece o sistema de classificação de
cargos e funções da Câmara Municipal de Porto Alegre e dá outras providências. Com
Emenda nº 01.
Parecer Conjunto:
- da CCJ e CEFOR. Relator-Geral
Ver. Nereu D’Avila: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art.
82, § 1º, III, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia em 14-12-06.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em discussão o
PR nº 093/06. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Em votação a Emenda n° 01 ao PR
n° 093/06. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados.
(Pausa.) APROVADA.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com
aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N. 5560/06 – PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 095/06, de autoria da Mesa Diretora, que
altera a Resolução nº 1.367, de 02 de janeiro de 1998, e alterações
posteriores, que reorganiza os serviços administrativos da Câmara Municipal de
Porto Alegre, modificando a estrutura do serviço do processo legislativo, que
integra a Diretoria Legislativa.
Parecer Conjunto:
- da CCJ e CEFOR. Relator-Geral
Ver. Nereu D’Avila: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 14-12-06.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em discussão o PR n° 095/06. (Pausa.) Não há quem
queira discutir. Em votação (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N. 3194/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 134/06, de autoria do Ver. Professor Garcia, que
inclui as academias de ginástica e dança e balé no Anexo I (Lista de Referência
para a Cobrança da Taxa de Licenciamento Ambiental) da Lei nº 8.267, de 29 de
dezembro de 1998, no item Atividades Diversas, como atividade de porte mínimo
com grau de poluição baixo.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Carlos Comassetto: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CEFOR. Relator
Ver. Luiz Braz: pela aprovação
do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia por força do
art. 81 da LOM, em 14-12-06.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em discussão o PLL n° 134/06. (Pausa.) Não há quem
queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Em votação a Emenda n° 01 ao PLL n° 134/06. (Pausa.)
Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
Estão suspensos os trabalhos.
(Suspendem-se os trabalhos às 17h54min.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart - às 17h55min): Estão reabertos os trabalhos.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC. N. 4784/06 - PROJETO DE LEI DO
EXECUTIVO N. 043/06, que
autoriza a Concessão de Uso de área situada na Subunidade 02 de UEU 046,
Macrozona 1, gravada como Parque Urbano, de acordo com a Lei Complementar nº 434, de 1º de dezembro de
1999, para implantação do Teatro da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre - OSPA. Com Mensagem
Retificativa.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Ibsen
Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do
Projeto;
- da CEFOR. Relatora Ver.ª Maristela Meneghetti: pela aprovação
do Projeto e da Mensagem Retificativa.
Observações:
- para
aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82, §
1º, VII, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 14-12-06.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em
discussão o PLE nº 043/06. Lembro a V. Exas que foi exaustivamente discutida, depois
da Audiência Pública, a proposição do Executivo, que desejava votar este
Projeto na terça-feira em Sessão Extraordinária. A mensagem trazida pelos
Secretários, principalmente pelo Ver. Beto Moesch, era no sentido de que este
Projeto fosse votado na terça-feira. Como os Vereadores entenderam que não
pairavam mais dúvidas e urgia a votação, a Câmara de Vereadores, pela
unanimidade dos seus Líderes, fez com que se votasse este Projeto neste
momento. Esta é a vontade da Câmara, e assim se expressa o seu Presidente,
baseado no Parecer do Colégio de Líderes. (Pausa.) Não há quem queira discutir.
Em votação. (Pausa.) A Verª Sofia Cavedon está com a palavra para encaminhar a
votação do PLE nº 043/06.
A
SRA. SOFIA CAVEDON: Sr.
Presidente, Ver. Humberto Goulart; Srs. Vereadores,
Srs. Vereadoras, prezados músicos, prezado Nesralla, ambientalistas,
representantes do Conselho Diretor desta Cidade, falo em nome da Bancada do
Partido dos Trabalhadores. Eu gostaria de registrar - temos dificuldade de
tempo devido a tantos Projetos - que todos os Vereadores gostariam de falar,
especialmente a Verª Margarete, o Ver. Comassetto, o Ver. Adeli, Vereadores que
se envolveram, que trabalharam, e outros Vereadores, como o Ver. Oliboni, a
Verª Maria Celeste e Ver. Todeschini. Entendemos que agora talvez a OSPA esteja
vindo para o lugar certo. Nós ainda achávamos que um pequeno esforço para o
espaço nas Avenidas Beira-Rio e Ipiranga pudesse ser feito, pensamos que isso
não está absolutamente descartado.
O processo feito até agora na Casa envolveu
Comissões Conjuntas, envolveu um comparecimento, no qual abrimos muitos
debates, envolveu uma Audiência Pública hoje de manhã e a construção coletiva
de Emendas que contemplam temas e ansiedades pautadas nesta tribuna por cada um
dos Vereadores, pelo seu debate, pela sua história. As Emendas contemplam, por
exemplo, a compensação na forma de área verde na Zona Norte da Cidade, pois
avaliamos que essa é uma das Zonas com menos favorecimento de área verde, de
área de cultura e de lazer; contemplam a possibilidade, a necessária integração
do novo espaço da OSPA à paisagem da orla e a esse espaço belíssimo que vai
ocupar; contemplam o seu não-cercamento. Também temos que pensar na separação
do estacionamento, para que tenhamos um espaço para estacionamento e que o
entorno desse prédio esteja à altura da arte que ali será realizada. Há Emenda
garantindo um palco para espetáculos ao ar livre para inclusão; Emenda propondo
um gerenciamento colegiado, compartilhado entre Governo Municipal, Governo
Estadual e sociedade civil. Acho que todas essas Emendas e a Mensagem
Retificativa... Porque,
quando o Projeto veio para cá, nós não tínhamos noção de tamanho, de todas as
referências sobre o volume, o espaço a serem reservados para esse
empreendimento.
Parece-me
que fizemos um processo, mesmo que em tempo curto, bastante curto, que
respondeu a preocupações de vários Vereadores aqui. Ressalto - a Verª Margarete
não estava aqui - o papel importantíssimo da nossa ex-Secretária da Cultura,
sua preocupação e sua defesa do melhor lugar para a OSPA. Então, nós queremos
aqui registrar que essa luta é antiga, é uma dívida com a cidade de Porto
Alegre. Quero aqui, inclusive, Ver. Beto Moesch, fazer uso das suas palavras,
quando V. Exª denunciou, hoje pela manhã, a absoluta falta de compromisso do
Governo Estadual com esse tema, parece-me que isso não aconteceu só neste
momento, mas em relação ao movimento Shopping Total, que acho que foi corrigido
pela vida. De fato, há uma ausência, uma omissão, houve precipitação, na minha
avaliação, do Governo Municipal, quando indicou o Shopping Total, mas acho que
a sociedade de Porto Alegre, com todos esses debates, vem corrigindo e
encontrou um lugar melhor.
Nós
queremos que esta Cidade continue sendo protagonista da sua cultura, da sua
paisagem, supervisora, controladora da ocupação do espaço, vigilante na
preservação das áreas naturais, dos parques, da possibilidade de lazer, como
ela tem demonstrado. E acho que o diálogo aqui não encerra a nossa expectativa
e o nosso compromisso, compromisso expresso pelo Governo, e acompanharemos o
Estudo de Impacto Ambiental, acompanharemos o EVU, o desenvolvimento do projeto
arquitetônico, e, certamente, essa será uma obra de que a cidade de Porto
Alegre se orgulhará de fazer coletivamente, encontrou coletivamente para OSPA
um lugar que ela merece, corrigindo uma dívida histórica com esse belo
empreendimento, que é mantido com tanta dificuldade por vocês, músicos, e pelos
dirigentes, porque a gente sabe o que é fazer uma política pública neste País.
Parabéns pela luta, e vamos à votação.
(Não
revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): A
Verª Clênia Maranhão está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº
043/06.
A
SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Sr.
Presidente, Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, queríamos também saudar o Secretário Fortunati, o
Secretário Beto Moesch; queríamos saudar todas as lideranças da área cultural
que aqui estão presentes, os jornalistas, as jornalistas. Saudamos, de uma
forma muito especial, os membros da OSPA, motivo pelo qual estamos discutindo neste
momento um Projeto de Lei do Executivo enviado a esta Casa pela Prefeitura
Municipal de Porto Alegre. Queremos saudar a presença do Dr. Nesralla,
incansável batalhador para a aprovação deste Projeto.
Sras.
Vereadoras, Srs. Vereadores, Porto Alegre vive hoje um momento extremamente
significativo. Nós estaremos, seguramente, dentro dos próximos minutos,
realizando um sonho da sociedade porto-alegrense, do mundo cultural da nossa
Cidade e, fundamentalmente, da OSPA, uma das instituições que compõem o perfil
de Porto Alegre. Nós estaremos votando um Projeto que permite a utilização de
um espaço público, vizinho a esta Casa, para futura sede da OSPA.
Eu
registro a grandiosidade dessa conquista, registro também a riqueza do processo
político que permeou todos esses meses, desde o mês de setembro, quando a nossa
Prefeitura enviou a esta Casa o Projeto de Lei que estamos discutindo. Esse foi
um processo extremamente democrático, passou por uma Audiência Pública, pelo
comparecimento de três Secretários, pela Comissão de Meio Ambiente e pelo
debate do conjunto das Bancadas, através das suas Lideranças, através do
conjunto dos seus Vereadores e Vereadoras. Eu acho que, finalmente, estamos
apresentando um espaço factível para a realização desse empreendimento.
Havíamos
trabalhado uma proposta do Governo anterior, da possibilidade de a OSPA ser
colocada perto do Shopping Total, respeitando as decisões da comunidade, e, por
uma decisão da própria Direção da OSPA, houve a solicitação à Prefeitura para
que construíssemos a OSPA num espaço em que ela realmente pudesse ser
instalada, sempre dentro de um conceito de harmonia entre o mundo da cultura e
o mundo ambiental. Essa harmonia, que é uma marca que nos impulsiona na
construção das políticas públicas, fez com que nós, hoje, estejamos nesta Casa
votando, Sr. Presidente, por unanimidade, um Projeto que se arrastava há muitas
décadas.
Portanto,
Ver. Paulo Odone, que deu uma contribuição inestimável à construção dessa
unidade na tarde de hoje, e aqui também falando em nome do Ver. Professor
Garcia, queria dizer que estamos duplamente felizes pela votação que logo mais
aqui faremos, pela importância da construção da sede da OSPA e por todos nós,
como Vereadores, que pudemos compartilhar dessa decisão. Será uma decisão seguramente
unânime, porque ela foi construída, focada, na aspiração do desenvolvimento da
cultura de Porto Alegre e regida por um conceito político do debate exaustivo
com os Parlamentares desta Casa e com as entidades ambientalistas, que
estiveram conosco, até quase à uma hora da tarde, aprimorando o Projeto, o que
nos levou a seis novas Emendas, para que o Projeto tivesse mais visibilidade,
para que não houvesse nenhuma dúvida de que não estávamos colocando nenhuma
contradição entre a cultura e o meio ambiente.
A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Encerramos
dizendo que Porto Alegre está de parabéns, e nós nos sentimos honrados em poder
participar dessa conquista.
(Não revisado pela oradora.)
O
SR. CASSIÁ CARPES: Sr.
Presidente, Ver. Humberto Goulart; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores que nos
prestigiam: aqui, desta última Sessão, eu saio convencido das prerrogativas que
tem esta Casa. Todas as Lideranças, sem exceção, não titubearam em votar hoje
este Projeto. Isso é muito importante salientar, lembrando que esta Casa já
teve - lembra-me o Ver. Elói Guimarães - a primeira Audiência Pública na
CUTHAB, para ampliar essa capacidade de propiciar, para não protelar mais essa
questão de Porto Alegre.
Nós
temos que ter uma noção exata, e eu quero elogiar a oposição, que fez Emendas,
que hoje participou da Audiência Pública, porque Porto Alegre tem de ser
desamarrada. A construção civil está precisando gerar emprego; Porto Alegre
precisa gerar mais turismo, e nós estamos sempre, se tiver que fazer um grande
empreendimento em Porto Alegre, amarrados. Temos medo de que aquela entidade
vai reclamar, aquele bairro vai reclamar. Não! Porto Alegre precisa crescer,
não vai se desenvolver turisticamente, Dr. Nesralla, se não tiver a noção de
olhar para frente, para o futuro. Nós olhamos muito para a política, num
confronto, muitas vezes, direto, que não leva ao progresso, que não leva ao
reconhecimento, achando que tudo que o gaúcho reclama está certo. Não, nós
temos que reclamar, sim, não perder a nossa identidade, mas nós temos que olhar
para uma capital progressista, e está aí o PIB mostrando que a nossa Capital
caiu na relação de PIB do País, caiu para 13º, já em 2004. Então, nós temos que
olhar diferente em Porto Alegre.
Olha,
eu fico tranqüilo saindo desta Casa agora e indo para a Assembléia Legislativa,
pois vi que esta Câmara, há pouco, há um mês, fez a regularização da questão
fundiária em muitos loteamentos em Porto Alegre, invadidos há muitos anos, onde
as pessoas não tinham a noção de que fosse regularizado. Nós vimos aqui questões
do Ministério Público junto com a Procuradoria Geral do Município de Porto
Alegre resolvidas com todas as questões do Legislativo, do Executivo, do
Judiciário. Ora, parece-me que Porto Alegre, Ver. Vendruscolo, está realmente
olhando para o futuro. Não tem outra, não dá para regredir mais, não dá para
voltar mais. Ainda bem que todos nós, situação e oposição, entendemos que Porto
Alegre deve olhar para frente, olhar para o futuro.
Imaginem
essa orla valorizada cada vez mais com a OSPA aqui! Quem sabe o Grêmio Futebol
Porto-Alegrense também não faça um estádio novo, a sua arena, na orla!?
Imaginem nós, com dois estádios, Secretário Fortunati; imaginemos o Beira-Rio e
a arena do Grêmio na orla! Eu até mexo com meu amigo e Secretário Beto Moesch,
dizendo que, em São Borja, maricá é mato. Aqui não se pode tirar maricá da orla
do Guaíba; eu não entendo mais nada! Em São Borja, na minha terra, maricá é
mato! Aqui não podemos tirar o maricá da orla para abrirmos essa orla, para que
possamos fazer uma coisa linda, mostrarmos esse rio belíssimo, que está aí para
a população, para o País e para o mundo. Ver. Ibsen, vou repetir mais uma vez:
eu me criei em São Borja e, para mim, maricá, é mato, é espinho. Mas aqui não
pode, não pode mexer em maricá. Mas que progresso é este! Será que não dá para
plantar em outro lugar? Será que não dá para plantar outra árvore? São essas
questões que Porto Alegre tem que se desamarrar. Nós olhamos tudo, mas: “Oh,
não mexe porque aquele grupo não quer! Não faz, porque aquele Partido não quer,
não faz porque aquele outro vai reclamar”!
A
Câmara, hoje, dá a todos nós uma noção de autonomia, de força das suas
prerrogativas, votando hoje esse Projeto, para que tenhamos uma Porto Alegre
progressista. Obrigado a todos.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado,
Vereador. Eu apelo ao bom senso dos Vereadores para que façam a sua saudação
principal no menor tempo possível, porque precisamos ainda votar mais quatorze
Projetos.
O
Ver. Raul Carrion está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº
043/06.
O
SR. RAUL CARRION: Exmo Ver. Dr. Humberto Goulart, demais
Vereadores, Vereadoras, todos que nos acompanham nesta tarde, músicos da OSPA;
Dr. Ivo Nesralla, um batalhador aí pela conquista desse espaço para a OSPA,
queremos, em primeiro lugar, dizer que entendemos que a Câmara está madura para
votar no dia de hoje. Trata-se de um processo de debate, de discussão que se
estende já há muito tempo. Tivemos, aqui nesta Casa, um comparecimento, no qual
foi debatido o Projeto; tivemos depois o comparecimento em audiência de
Comissões desta Casa; foi solicitada pela sociedade uma Audiência Pública,
praticamente estávamos no final do ano, com grande dificuldade acertamos entre
as Lideranças a importância da Audiência Pública e a fizemos no último dia para
dar o máximo prazo de convocação. Tivemos a Audiência Pública hoje, que se
encerrou quase à uma hora da tarde, com ampla participação de entidades, com
ampla participação de Vereadores. Os Vereadores fizeram proposta, a sociedade
fez proposta, e estamos com seis Emendas acordadas entre as Lideranças,
acordadas com o Governo, acordadas com a própria OSPA, Emendas que contemplam
as preocupações dos Vereadores e da sociedade, pois estamos diante do risco de
a OSPA perder os recursos que está pleiteando junto ao Governo Federal. Por
isso, as Lideranças reunidas, há poucos minutos, na Sala da Presidência também
por unanimidade decidiram que a votação seria hoje.
Bueno, queríamos destacar que talvez uma das maiores preocupações
que nós tínhamos e que sentimos que as entidades ambientalistas tinham era o
fato de que esse estacionamento necessário teria de ocupar toda a área
restante, afora os cinco mil metros quadrados do prédio. E, hoje pela manhã, o
Secretário Fortunati trouxe a possibilidade de que uma área já gravada como
estacionamento fosse usada com esse fim. Conversamos ali na Mesa, e o
Secretário Fortunati propôs fazer uma Emenda, e essa Emenda foi feita, assinada
por mim, pela Verª Clênia e pela Verª Sofia. E temos outra Emenda a respeito
daquela área sobrante, que está prevista para estacionamento, para carga e
descarga, no sentido de 40% pelo menos seja destinada para paisagismo. Ou seja,
será mantido o caráter também de um parque. Creio que isso contempla, em grande
parte, as ONGs ambientalistas.
Temos
uma outra Emenda de autoria da Verª Sofia e da Verª Clênia - creio que do Ver.
Comassetto também - que trata do não-cercamento da área. Temos outra Emenda que
propõe compensações com áreas verdes em outras partes da Cidade. Existe uma
proposta para que se busque construir uma concha acústica também com abertura
para a área de parque.
Portanto,
creio que tudo aquilo que a sociedade trouxe, Verª Margarete Moraes, tudo
aquilo que os Vereadores trouxeram foi construído democraticamente. Por isso,
eu e a Verª Manuela d'Ávila, da Bancada do PCdoB, iremos votar favoravelmente o
Projeto e às Emendas que foram apresentadas.
Queria, por fim, parabenizar a OSPA, pois essa
vitória é de vocês. Mesmo diante de todas as dificuldades, às vezes com
rejeição de alguma área, Dr. Ivo, com alguma preocupação... Vocês foram
persistentes, encontraram, eu acho, um espaço extremamente nobre, extremamente
importante. Acho que a Câmara vai ter ao seu lado um espaço excepcional, vamos
ter esse estacionamento. E é o local do parque, da orla, talvez o mais
participativo em relação à presença do povo. Então, eu creio que é o melhor
lugar, e nós votaremos a favor. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr.Goulart): O Ver.
Claudio Sebenelo está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 043/06.
O SR. CLAUDIO SEBENELO: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, a única coisa que nós podemos
assegurar é que, a partir de hoje, o Ivo Nesralla vai mudar de apelido;
chamam-no de batrício, de brimo, de turco, de tantas coisas. Hoje
ele vai passar a se chamar “o homem orquestra”. E a outra coisa que acontecerá
é que, a partir de hoje, o pôr do sol, exatamente às 18 horas e 19 minutos,
esta tonalidade do pôr do sol de Porto Alegre será musical, portanto mil vezes
mais lindo, porque, além de tudo, vai reconciliar a sua Cidade ao seu rio.
Parabéns pelo esforço monumental. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr.Goulart): Muito
obrigado, Ver. Sebenelo.
O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para
encaminhar a votação do PLE nº 043/06.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr.
Presidente, Sras Vereadores, Srs. Vereadores, eu não tenho dúvida de que a Câmara
Municipal, no dia de hoje, deu uma demonstração de maturidade; está discutindo
e votando um Processo da mais alta responsabilidade e o faz com aquela
responsabilidade dos que têm sensibilidade e capacidade de resposta. Hoje pela
manhã se fez uma Audiência
Pública, e os resultados foram plenamente satisfatórios. À tarde, mostrando
entendimento do Governo e da Câmara, Emendas foram apresentadas, fazendo com
que o Processo se tornasse melhor.
Portanto,
nós queremos elogiar - o Ver. João Carlos Nedel, a Verª Mônica Leal e eu - os
demais Líderes, os demais Vereadores e dizer que o nosso voto, sem dúvida
nenhuma, será favorável. Mas a Bancada do PP não pode encerrar as suas palavras
sem antes dizer da importância, do trabalho extraordinário desta figura humana,
que é o Dr. Ivo Nesralla.
Em
2003, eu estive lá no Shopping Total, quando ele já tinha recursos para fazer o
seu Teatro da OSPA, ele foi perseguindo, acompanhando, lutando, apresentou-se
em todas as horas em que foi chamado, e a sua presença fez com que esta Casa
hoje lhe retribua, votando, por unanimidade, tenho certeza, o Projeto que vai
enriquecer a vida cultural da Cidade. Portanto, Sr. Presidente, Sras.
Vereadoras e Srs. Vereadores, felicidades para o Dr. Ivo Nesralla; que por
muito tempo comande a OSPA, e que em breve ele nos convide para a estréia da
OSPA, com uma bela apresentação da maior Orquestra Sinfônica da América Latina.
Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
Muito obrigado, Ver. Dib.
O
Ver. José Ismael Heinen está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº
043/06.
O
SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN:
Exmo Sr. Presidente, nobres Pares, público
que nos assiste, só para deixarmos registrado, Sr. Presidente, este dia
maravilhoso que Porto Alegre está enfrentando. Em nome do Partido da Frente
Liberal, Dr. Nesralla, nossa OSPA, nossos ambientalistas, nossos Secretários,
nosso Prefeito, Câmara de Vereadores, eu acho que hoje foi o dia da vitória da
cidadania, a vitória de Porto Alegre, a vitória da cultura de Porto Alegre, tão
necessária para a nossa OSPA. Parabéns a todos nós, que Deus nos abençoe daqui
para frente! Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
Muito obrigado, Ver. Heinen.
A
Verª Maristela Maffei está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº
043/06.
A
SRA. MARISTELA MAFFEI:
Sr. Presidente, Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, todos que estão nesta Casa neste momento ímpar
para a cidade de Porto Alegre, na verdade nós estaremos devolvendo à Cidade o
que em outros momentos lhe foi negado, com outros projetos importantes nesse
local ou nos arredores da orla do nosso Guaíba. Com as Emendas, estamos
garantindo um palco para quem não tem palco. E isso deveria ser como a terra,
como a chuva, como o perfume das flores, pois é assim que iremos caminhar
melhor: cantando, escutando, conversando com todas as adversidades, para que
todos os segmentos sejam incluídos.
Nesse
sentido, com a aprovação do Projeto, estamos revendo erros históricos que
tivemos nesta Casa no passado, mas também estamos escrevendo o presente e
sonhando com um futuro mais humano e preservando também os espaços ecológicos
da nossa querida Porto Alegre. Viva Porto Alegre! Viva a OSPA! (Palmas.)
(Não
revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigada,
Ver. Maristela Maffei.
O
Ver. Valdir Caetano está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº
043/06.
O
SR. VALDIR CAETANO: Sr.
Presidente, Ver. Dr. Goulart; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, pessoas que estão presentes nesta tarde e que
nos acompanham pela TV Câmara, em meu nome, como Liderança do Partido Liberal,
e em nome da Bancada, da qual faz parte o nosso querido Ver. Elias Vidal, fiz
questão de vir aqui parabenizar a OSPA, parabenizar a cidade de Porto Alegre,
parabenizar o Estado do Rio Grande do Sul por essa conquista.
Como
bem disse aqui o meu colega Ver. Cassiá Carpes - agora Deputado -, essa orla
maravilhosa que nós temos, que é a orla do Guaíba, precisa realmente de uma
restauração, precisa mostrar a beleza, e, com certeza, essa construção vai
trazer uma beleza, um encanto maravilhoso. Quero parabenizar o Dr. Ivo Nesralla e, mais
uma vez, parabenizar a cidade de Porto Alegre, pois tenho certeza absoluta de
que isso vai enriquecer muito a nossa Cidade e o nosso Estado. Parabéns!
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado, Ver.
Valdir Caetano.
O Ver. Ibsen Pinheiro está com a palavra para
encaminhar a votação do PLE nº 043/06.
O SR. IBSEN PINHEIRO: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, a OSPA merece a unanimidade que vai ter
neste plenário, não merece o sofrimento por que passou nos últimos anos,
enjeitada por tantas tentativas. Lembro que não a quiseram na Praia de Belas,
não a quiseram no Shopping Total, e eu confesso a inveja que eu alimentava
daqueles que seriam os vizinhos dessa orquestra sinfônica. Tantos Municípios
reivindicam a oportunidade de vizinhar com um presídio; outros vizinham, sem
querer, com prostíbulos; e há quem rejeite a vizinhança com uma orquestra
sinfônica. Lembro Erico Verissimo, que se orgulhava de dizer em suas viagens
pelo mundo que a cidade dele tinha uma orquestra sinfônica, pois isso a
colocava no mesmo nível de Nova York, Boston, Paris e de uma minoria de cidades
que dispõem de uma orquestra sinfônica - e a nossa tem uma Orquestra Sinfônica
de alta qualidade e a custo zero para a nossa Cidade, a custo zero para o
Orçamento Municipal. Por isso, Sr. Presidente, a OSPA merece a unanimidade que
vai ter.
Mas é bom que essa
decisão, construída com tanta dificuldade, pela qual todos estão de parabéns,
deixe também algum ensinamento. É claro que a preservação ambiental é um bem
que todos queremos tutelar, proteger e almejar, mas temos também que nos
policiar de algumas deformações que, pelo exagero, parece que consideram a
figura humana como alheia ao ambiente natural. Andei lendo e ouvindo que um
parque não é lugar para uma orquestra sinfônica. Será para que, então?
Meus amigos, se uma orquestra sinfônica não merece um parque, será que um museu
merece um parque? Será que seria aconselhável destruir o Louvre, porque fica
nas Tulherias? Ou quem sabe o Metropolitan, de Nova Iorque, porque fica no
Central Park? Parques e orquestras sinfônicas são a mesma coisa: espaços do
lazer mais elevado que o espírito humano produz - a convivência e a música. E
são inseparáveis, Sr. Presidente, a convivência e a música! Nossa Cidade, a
custo zero, tem o seu nome numa Orquestra Sinfônica!
Eu queria, Presidente Nesralla, que Canoas levasse
a nossa Orquestra, correndo o perigo de transformar-se em OSCA, ou
Cachoeirinha, ou Novo Hamburgo - com uma dificuldade, talvez fanhosa, de
pronunciar o nome da Orquestra. É uma Orquestra de Porto Alegre, nasceu aqui,
tem o nome da nossa Cidade, leva o nome da nossa Cidade ao mundo!
Então,
é com grande orgulho que nós, Vereadores, vamos vizinhar com a Orquestra Sinfônica.
E que graça concede a OSPA à nossa Cidade em estar instalada nos nossos
limites, e para sempre! Parabéns aos músicos, parabéns aos idealizadores,
parabéns aos dirigentes atuais, ao Ivo Nesralla e parabéns a esta Casa, que foi
sensível a uma causa motivada, sobretudo, pela sensibilidade. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Muito
obrigado, Excelência.
O Ver. Ervino Besson está com a palavra para
encaminhar a votação do PLE nº 043/06.
O SR. ERVINO BESSON: Sr. Presidente,
Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, eu encaminho em nome da Bancada do PDT e quero saudar
carinhosamente o nosso querido Secretário Fortunati, o Secretário Beto Moesch
e, nas galerias, os artistas. A língua universal do mundo é a música, nossos queridos
músicos da Orquestra Sinfônica.
Apesar
de o nosso Guaíba receber tantas agressões, tantas pessoas sacrificam o nosso
lago Guaíba com dejetos, com toda aquela quantidade de lixo, quando há uma
chuva mais forte, vocês têm oportunidade de acompanhar, pela imprensa, essa
agressão que o nosso rio recebe, por falta de educação do nosso povo. Mas hoje
esta Casa está premiando o nosso Guaíba, meu caro Presidente Ivo. O nosso rio
Guaíba está feliz, juntamente com vocês, porque vai receber desta Casa um prêmio
que muito merece. Próximo ao rio Guaíba, daqui a poucos minutos, esta Casa
votará o local próximo à Câmara Municipal, onde será construído o prédio da
OSPA. É um presente, acho que a Cidade merece, o nosso rio Guaíba também merece
essa vitória no dia de hoje! Parabéns a todos, parabéns a vocês, músicos!
Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
Em votação nominal, solicitada pela Verª Maristela Maffei, o PLE nº 043/06.
(Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 33 votos SIM.
Em
votação Mensagem Retificativa ao PLE nº 043/06. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que
a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
Em
votação a Emenda nº 01 ao PLE nº 043/06. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
Em
votação a Emenda nº 02 ao PLE nº 043/06. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
Em
votação a Emenda nº 03 ao PLE nº 043/06. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
Em
votação a Emenda nº 04 ao PLE nº 043/06. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
Em
votação a Emenda nº 05 ao PLE nº 043/06. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
Em
votação a Emenda nº 06 ao PLE nº 043/06. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
Portanto,
Srs. Vereadores, aprovados o Projeto, a Mensagem Retificativa e as Emendas.
(Palmas.)
Apregôo
Declaração de Voto anexada pelo Ver. Carlos Comassetto, que constará no
Projeto.
Estão
suspensos os trabalhos para a apresentação da OSPA.
(A
OSPA apresenta-se.) (Palmas.)
O
SR. IVO NESRALLA: Eu
queria agradecer a todos os Srs. Vereadores, ao Presidente, aos dois
Secretários que aqui estão. Quero dizer a todos os Vereadores que me trouxeram
essa emoção muito bonita uma coisa que eu não disse hoje pela manhã: eu farei
de tudo para construir um túnel que ligue esta Casa ao Teatro da OSPA.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Retornamos
aos trabalhos.
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC.
N. 4536/06 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N. 025/06, de autoria do
Ver. João Antonio Dib, que
modifica os limites da Subunidade (SU) 01 da Unidade de Estruturação Urbana
(UEU) 12 da Macrozona (MZ) 5, na extremidade da Rua Amapá, e inclui o Parque
Municipal Gabriel Knijnik nesta Unidade, nos termos do inciso III do art. 162
da Lei Complementar nº 434, de 1º de dezembro de 1999, e alterações posteriores
(PDDUA).
Parecer:
- da CCJ. Relator
Ver. Carlos Comassetto: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art.
82, § 1º, I, da LOM.
- incluído na
Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 07-12-06.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em
discussão o PLCL nº 025/06. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Em
votação a Emenda nº 01 ao PLCL nº 025/06. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
Ver.
João Antonio Dib, seu Projeto e Emenda foram aprovados. (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em
discussão o PLE nº 048/06. (Pausa.)
O
SR. MARIO FRAGA (Questão de Ordem): O
PLL nº 070/05 não seria anterior a esse?
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Ele
deve entrar na ordem: há o Projeto do Ver. Nedel e depois o PLL nº 070/05. Para
esse é que foi pedida a inversão.
O
Ver. Carlos Comassetto pede votação nominal, e é necessária a maioria absoluta
dos Vereadores. A Líder do Governo me passou que estava acordada com as
Lideranças essa inversão. Então, retomo, está suspenso o painel e anulada a
discussão. Um minuto para os Líderes acordarem. Estão suspensos os trabalhos.
(Suspendem-se
os trabalhos às 18h50min.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart – às 19h04min): Estão reabertos os trabalhos.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. N. 4412/06 -
PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N. 023/06, de autoria do Ver. Alceu Brasinha, que
altera a redação do § 2º do art. 1º e do inciso I do art. 2º da Lei
Complementar nº 555, de 13 de julho de 2006, que proíbe o uso de produtos
fumígenos em recintos coletivos e em recintos de trabalho coletivo, exceto para
as áreas destinadas exclusivamente a esse fim, desde que devidamente isoladas e
com arejamento conveniente, excluindo do conceito de recinto coletivo os locais
com área de atendimento inferior a 40m² (quarenta metros quadrados) e os locais
abertos ou ao ar livre. Com Substitutivo nº 01 (Ver. João Carlos Nedel).
Parecer:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela existência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto e pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Substitutivo n. 01.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art.
82, § 1º, I, da LOM.
- incluído na
Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em
11-12-06.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em
discussão o PLCL nº 023/06, de autoria do Ver. Alceu Brasinha, e o Substitutivo
nº 01, de autoria do Ver. João Carlos Nedel.
O
SR. ALCEU BRASINHA (Requerimento): Presidente,
solicito adiamento da discussão do PLCL nº 023/06 por uma Sessão.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O
Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para encaminhar a votação do
Requerimento de autoria do Ver. Alceu Brasinha.
O
SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Vereadoras
e Vereadores, o Projeto do Ver. Alceu Brasinha já foi rejeitado pela Comissão
de Constituição e Justiça por querer alterar uma lei federal. Eu, então,
encaminhei um Substitutivo, ajustando a Lei nº 555, aprovada nesta Casa, que é
extremamente rígida com os estabelecimentos. A primeira multa é de 400 reais; a
segunda multa suspende o alvará por 30 dias, e a terceira multa cancela o
alvará definitivamente.
Eu
coloquei um Substitutivo que ajusta, que esclarece, e esta Casa está
perfeitamente esclarecida para votar. Nós não temos mais prazos, hoje é o
último dia de votação. Nós não podemos deixar em vigor essa lei, que é
extremamente prejudicial aos estabelecimentos e a Porto Alegre. Nós,
Vereadores, temos que ser responsáveis e votar o Substitutivo hoje para ajustar
e avançar o cumprimento dessa lei federal de 1996, que há dez anos não é
cumprida por falta das sanções solicitadas no Decreto Federal. Portanto,
senhoras e senhores, vamos votar hoje esse Projeto.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): A
Verª Maristela Maffei está com a palavra para encaminhar a votação do
Requerimento de autoria do Ver. Alceu Brasinha.
A
SRA. MARISTELA MAFFEI: Sr.
Presidente, senhoras e senhores, peço desculpas aos nossos visitantes, mas,
como é a Casa do Povo, nós estamos debatendo coisas importantíssimas para a
nossa Cidade. O Ver. João Carlos Nedel deixou claro: é um Projeto ruim,
portanto nós, como Vereadores, temos a responsabilidade de não apressar e
piorar o que foi feito. Nós temos que adiar, porque temos a responsabilidade
com a cidade de Porto Alegre de aprofundar e não fazer um monstrengo maior do
que foi feito em relação a esse Projeto. Já estão prejudicados todos os bares
da nossa Cidade, todos os restaurantes, da forma como foi elaborado. Eu acho
que errar é humano, e a gente tem que reconhecer - acho uma grandeza -, mas não
podemos cometer duas vezes o erro de não termos um tempo maior. É tão sério, e
a nossa responsabilidade é adiar o Projeto, para que não se cometa um erro
tamanho como foi feito com a cidade de Porto Alegre. Muito obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em
votação nominal, solicitada pela Verª Maristela Maffei, o Requerimento de
autoria do Ver. Alceu Brasinha, que solicita o adiamento da discussão do PLCL
nº 023/06 por uma Sessão. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) Não houve
quórum para a votação do Requerimento.
Estão encerrados os trabalhos da presente
Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 19h10min.)
* * * * *